O professor Livre-Docente do Departamento de Cinema, Rádio e TV da ECA-USP e presidente da Games for Change América Latina, Gilson Schwartz, confirmou a importância dos games para o processo educacional dos jovens brasileiros. Para o educador, “Criar um jogo é isso: faz o tempo passar rápido e, nesse tempo, você aprende mais”.
A declaração surgiu durante recente entrevista do profissional ao Jornal da USP. Gilson foi categórico em afirmar que o desenvolvimento de jogos pode estimular diversas áreas do conhecimento, não só relacionadas à tecnologia ou elaboração de softwares, mas artísticas e de linguagens, como áudio e vídeo, entre outros.
Partindo desse objetivo, Schwartz, que foi também criador do Grupo de Pesquisa Cidade do Conhecimento, no IEA, abraçou a iniciativa internacional Games for Change, que tem entre seus objetivos criar jogos não apenas para o entretenimento, mas como forma de “atacar algum problema social, ambiental, de saúde. Então, cada vez mais se fala que o jogo é uma atitude lúdica, crítica, faz parte de um comportamento transformador”, declarou.
Entre as informações do bate-papo, o docente enfatizou a relevância dos games para a ampliação cognitiva das inúmeras formas de linguagem comunicacional. “Estamos falando de linguagens, de abrir para trilhas de conhecimento, e o jogo, principalmente o jogo online, é um objeto curioso, porque ele tem tecnologia, mas ele tem narrativa”, ponderou. “Ele tem software, mas ele também tem um visual e tem áudio. Então, é um objeto complexo, que combina várias linguagens”.
“É como se cada criança, cada estudante, tivesse a oportunidade de refazer uma experiência de descoberta [e] isso fica na memória”, finalizou.
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