Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Um choro pode ser ouvido por toda a internet. O choro do gamer com The Last of Us em sua segunda temporada como seriado da HBO Max. Bella Ramsey faz uma Ellie Williams idiota. Dina tem um protagonismo que não deveria ter. O diretor Craig Mazin mudou demais a cronologia. Algumas das críticas eu respeito bastante, porque videogames são importantes.
Outras eu só encaro como choro do nerd padrão mesmo.
A série não tinha como agradar. A primeira temporada subiu muitos decibéis com o episódio de Bill fora da lore oficial do game, expandindo tudo o que havia naquele universo. E não superará essa adaptação.
A segunda temporada lida com The Last of Us Part II, que para além do lero-lero da jornada da vingança, é um jogo que surpreende por sua jogabilidade a violência em cena. Não é necessariamente uma história que se conta apenas como história. Ela é um enredo, essencialmente, de gameplay.
E uma gameplay que se exemplifica em duas personagens: Ellie, a protagonista que se torna uma pessoa horrível ao tentar vingar a morte de Joel; e Abby, a anti-heroína que é humanizada no final do game.
A série esbarra na atuação de Bella Ramsey, que interpreta uma Ellie própria e distante da personagem do game. Mais desajeitada, mas não menos monstruosa. E provavelmente vai esbarrar na Abby de Kathlyn Dever, atriz que encarou o luto da morte de sua mãe, e que não é a personagem cuspida e escarrada.
No entanto, adaptações não são sobre apenas obedecer apenas ao game. Trata-se de traduzir a essência de The Last of Us. A alta audiência da segunda temporada mostra que o público se identificou.
Dessa forma, o objetivo da adaptação foi alcançado. E os games vivem uma crescente como mídia multimídia.
Bella Ramsey em cartaz da segunda temporada da série ‘The Last of Us’ – Divulgação/Montagem Pedro Zambarda/Drops
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.