Belle Époque, guerra e RPG em Clair Obscur: Expedition 33. Por Pedro Zambarda - Drops de Jogos

Belle Époque, guerra e RPG em Clair Obscur: Expedition 33. Por Pedro Zambarda

Um dos jogos mais belos a serem apreciados

Por Pedro Zambarda, editor-chefe.

No momento em que escrevo esta resenha, este review, os Estados Unidos atacaram instalações nucleares no Irã e o mundo teme uma Terceira Guerra Mundial. Clair Obscur: Expedition 33, lançado em 24 de abril de 2025 pelo novato estúdio francês Sandfall Interactive, formado por ex-Ubisofts, aborda justamente os horrores da guerra – por metáforas e eventos reais.

E há uma lenda envolvendo o game, de que ele foi desenvolvido por apenas 33 pessoas e um cachorro. No entanto, apesar do trabalho fresco com a publisher Kepler Interactive, de Sifu, este não é um jogo indie.

O jogo se situa num país imaginário chamado Lumière, que nada mais é do que Paris, a capital da França, rachado por eventos que destruíram suas ligações com outros locais. Controlando Gustave, você perde a sua amada Sophie, num período que simula a Belle Époque, o pré-Primeira Guerra Mundial na Europa, que contou com avanços científicos e contou com uma paz que foi quebrada. No game, essa quebra está num evento chamado Gommage, que é uma pintura de uma entidade chamada The Paintress, que briga com outra entidade chamada Renoir.

Basicamente a pintura foi estabelecida no ano 100 e ocorre de maneira decrescente. Cada número pintado, todos os que possuem aquela idade são apagados nesse mundo de dark fantasy. Para combatê-la, os habitantes de Lumière criaram as Expeditions. E Sophie é apagada aos 33 anos.

Gustave tem 32 e embarca na expedição no último ano de sua vida antes que toda a população seja enfim apagada, entre pinturas, referências aos artistas franceses clássicos e os males das guerras, que eliminam os mais velhos e tiram o futuro dos mais jovens e das crianças.

A gameplay, embora tenha um sistema de esquiva mais ou menos, tem uma batalha por turnos empolgante e artísticamente muito bem desenhada, tendo Persona 5 e a franquia Final Fantasy como boas referências.

E é cômico o protagonista Gustave ter o físico do ator Robert Pattinson, de Crepúsculo e The Batman, mas sua voz e expressão corporal ser de Charlie Cox, o Demolidor dos streaming. É uma produção de gente nova, de time fresco, que tem tudo para ganhar os melhores prêmios de 2025 – disputando de igual para igual com Death Stranding 2.

Notas

  • Gráficos: 9
  • Jogabilidade: 9
  • Som: 10
  • Replay: 10
  • Nota final: 9,5

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Andre de Luca

Belo texto, o jogo entrega muito mais do que promete.