Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Jornalista que fez parte de portais como UOL e IG (Arena), Henrique “Rique” Sampaio estava fazendo um trabalho autoral em videoensaios para o Overloadr e caiu de cabeça em podcasts autorais com as duas temporadas de Primeiro Contato no Spotify e demais plataformas. Na segunda metade de 2023, Rique adotou outro tom em seu trabalho chamado de Código do Caos.
Primeiro Contato tinha um storytelling linear, um trabalho memorabilístico. Código do Caos é um podcast narrativo sobre temas bem mais quentes e, sim, urgentes.
São 14 episódios publicados até o momento que redijo esta resenha. O ponto de partida do jornalista foi um assunto que estava, infelizmente, sendo sabotado para imprensa brasileira. Se ele me credita como o repórter que melhor cobriu o Marco Legal dos Games, ele foi o repórter que contribuiu para organizar a pauta e melhor propagandeá-la através de sua cobertura de pontos mais fundamentais do caso.
Do Marco Legal dos Games, que sofreu uma tentativa de infiltração das apostas esportivas em sua tramitação no Congresso, Código do Caos entrou em assuntos como lives de NPCs no TikTok, o caótico avanço da inteligência artificial, a precarização dos direitos trabalhistas da mão-de-obra de TI e do jornalismo tech, ataques às escolas organizados no Discord, assalto ao Museu do Computador e, acredite se quiser, a exploração gamificada da Twitch.
Poderíamos criticar seus programas pelo tom sombrio e apocalíptico em cada episódio. Mas as quase 16 mil demissões só no mercado de videogames atestam que as análises e a apuração de Rique estavam indo na direção certa para traçar diagnósticos do nosso cenário. O futuro da tecnologia, ainda mais em 2024, parece menos promissor do que em anos anteriores.
Ou a humanidade coloca a tecnologia no papel que ela deveria exercer, de ferramenta de melhoria humana, ou essa exploração de artefatos para cumprir anseios capitalistas de lucro contribuirá para mais degradação social.
Você pode ouvir todos os episódios aqui. Abaixo eu embedei os que chamaram mais a minha atenção.
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