COM SPOILERS DO GAME E DA SÉRIE; NÃO LEIA SE VOCÊ NÃO TEVE ACESSO A ESSES CONTEÚDOS
Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
A sensação final do capítulo “Through the Valley” deixou para quem assistiu foi de revisitar os trailers do The Last of Us Part II, ou mesmo a sensação de jogá-lo durante a pandemia do novo coronavírus. A morte do principal protagonista, a crueldade da montagem da cena e a melodia saída do violão de Ellie dão a leveza e o tom pesado da narrativa.
Na história contada pela perspectiva de Abby, a série só não copia a personagem com jeito mais bruto. O frio, o terror de lidar com os infectados e o encontro ocasional com Joel Miller são retratados quadro a quadro – acompanhados pela participação de Dina nas cenas.
Ellie também segue o mesmo roteiro.
O que se diferencia é a perspectiva de Tommy, o irmão de Joel, mudado da cena canônica, para defender a cidade de Jackson em uma batalha que lembra a Batalha dos Bastardos em Game of Thrones pelo absurdo de bem filmada que foi a cena. Em formação, os infectados tornam a vida dos habitantes vivos um inferno.
Mesmo armados com escopetas, fuzis, metralhadoras e até lança-chamas.
Quando Abby deixa Dina desacordada e quebra as pernas de Joel Miller, o clima de crueldade emerge – com uma atuação diferenciada e fiel de Pedro Pascal pedindo para que ela acabasse rápido com aquilo. A filha do médico dos Fireflies faz questão que a tortura seja bem demarcada.
Primeiro quebrando as pernas do seu inimigo, para depois acabar com todo o seu corpo. E Bella Ramsey, interpretando uma Ellie mais emotiva, mais infantil (sim) e não menos perigosa, sente a perda do homem que a considerou como sua filha diante dos seus olhos.
O episódio transcorre em 50 minutos e poucos entregando todo o espírito de The Last of Us. Se na primeira temporada tínhamos a cena inesquecível do encontro com a girafa, antes dos assassinatos, nesta segunda temporada temos um homem que pagou por seu senso de sobrevivência.
Joel representa, claro, um pouco da honradez e da sujeira que existe dentro de nós, enquanto lutamos para permanecer aqui. E, muitas vezes de forma inesperada, a vida nos dá um troco.
Se você não viu ainda e é assinante da Max, o que está esperando?

COM SPOILERS: O QUE EU ACHEI DO EPISÓDIO 2 DA SEGUNDA TEMPORADA DE THE LAST OF US. Foto: Divulgação/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.