Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Em um mercado dominado por Elden Ring, Dark Souls e até alguns jogos mais simples e bons de entrada, como Nioh, Deathbound da brasileira Trialforge é um jogo indie que mereceria um espaço de divulgação maior do que o personagem que luta capoeira e viralizou com milhões de visualizações no X/Twitter.
A história do cavaleiro templário Therone, da Igreja da Morte, que tinha que destruir os laboratórios daqueles que promovem a vida é contada de forma similar como a asiática FromSoftware fez em seus títulos consolidados. Mas as nuances de Deathbound são mais claras.
Trata-se de um mundo desgraçado, com aberrações que oscilam entre monstros e criaturas que foram alteradas em laboratório, enquanto o protagonista absorve outros sete personagens com recursos completamente diferentes, que podem abusar de golpes físicos pesados, golpes leves, velocidade ou mesmo recursos mágicos e científicos.
E, ao alcance de um botão, você muda de personagem para combinar combos e perder menos energia no combate a um inimigo ou vários deles ao mesmo tempo.
Enquanto você absorve essas almas, você acompanha suas histórias e motivações pessoais no embate entre fé e ciência, que acabam se misturando quando a morte é banalizada.
Elden Ring, assim como Dark Souls, leva o player a recomeçar o jogo várias vezes para construir builds diferentes de personagens. Deathbound corta esse caminho, somando os personagens em um só.
Ele ganha por ser um soulslike acessível, embora nada fácil. Especialmente para jogadores péssimos de esquiva e parry como eu sou.
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