Categories: Resenhas

Epistory – Typing Chronicles, uma resenha. Por Mayara Fortin, colaboradora

Eis que eu fiz aniversário em setembro e um amigo resolveu escolher justamente esse título pra me dar de presente. Na hora que eu recebi o aviso meus olhos brilharam por lembrar o quão bonito eu tinha achado o Epistory da primeira vez que o vi. Não aguentei e precisei começar a jogar quase que na mesma hora!

Eye Candy, Eye Candy

Preciso de poucas razões para começar a jogar qualquer jogo, mas, de fato, os games com visual diferenciado sempre estão no topo da minha lista de prioridades. O Epistory – Typing Chronicles me ganhou exatamente nesse quesito, mas depois de algum tempo de jogo acredito que ele tem outras qualidades que merecem ser pontuadas.

A surpresa

Como sempre, eu tinha pouquíssima informação prévia e chutei, por conta do nome do jogo, que ele teria uma mecânica de digitação que se pareceria com o Mario Teaches Typing – porque por alguma razão essa era a única referência fresca na minha cabeça.

Pensei: “Vou digitar as palavras para a personagem andar e nada muito além disso”. Pois então, fui surpreendida ao ver que esse conceito foi incorporado de forma bastante consistente e dinâmica no jogo inteiro, desde o menu – onde o/a jogador/a escolhe as opções digitando o nome das mesmas –, passando pelos upgrades da personagem, interação com objetos do cenário e combate.

Ao invés de cansativo e repetitivo, me diverti muito com a exploração do cenário e com as lutas – especialmente com a forma como poderes elementais foram agregados à mecânica de combate – e percebi que não havia sentido o tempo passar. Acabei dando uma pausa forçada simplesmente porque minha mão tem uma limitação de tempo de uso no teclado. #tendinite #todoschora 

Um pouco de informação demais?

Apesar do Epistory ser um dos poucos jogos que passou pela minha mão sem que eu encontrasse algum bug absurdo e/ou aleatório, eu vi algumas coisinhas que não gostei tanto, mas que nem de longe afetaram a minha experiência super positiva de gameplay.

Existe uma história por traz da aventura, que vai sendo narrada e escrita no cenário conforme a personagem vai avançando. A questão é que algumas vezes a narração acontece durante batalhas e a quantidade de informação audiovisual acaba sendo demais para o (meu?) cérebro processar. Imagine que você tem que fazer a leitura da história ao mesmo tempo que lê as palavras em cada inimigo, e então escrever essas palavras e escutar uma voz contando a história enquanto ouve música e efeitos sonoros. Tu-do ao mes-mo tem-po!

Por conta disso, a história principal, para mim, acabou ficando em segundo plano. Juro que estou quase no final do jogo e nem sei qual é a história direito.

Meu veredito

Ele está disponível em vários idiomas – inclusive Português do Brasil – e o mais interessante é que você pode optar por traduzir somente a história ou também as palavras de ação (acima da cabeça dos inimigos). Recomendo escolher apenas a primeira opção porque digitar palavras com acentuação em idiomas como o português, espanhol ou francês, atrapalha bastante na hora da batalha, já que três teclas precisam ser pressionadas para conseguir letras como “ã” e “ê” e nesse caso o game não aceita o input de “a” e “e” sem os devidos acentos. (Achei isso um ponto negativo do jogo.)

Estou recomendando o título para todos os meus amigos e amigas que gostam de digitar e que, assim como eu, se interessam por jogos de nicho, agradáveis aos olhos e com premissas incomuns.

Jogo foi lançado no dia 30 de março de 2016.

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Mayara Fortin é arquiteta por formação, viajou e viveu pelo mundo, do Leste Europeu aos Estados Unidos. Atualmente trabalha como Relações Públicas do Void Studios, de São Paulo, e do Astro Crow, da Flórida, e é uma fã vidrada em games independentes. Sua paixão pelos indies é tanta que um dia ela pretende conseguir fazer reviews de tudo o que já jogou. Foi a correspondente do Drops de Jogos em Los Angeles, durante a E3 2016.

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