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Lost Castle, uma resenha. Por Mayara Fortin, colaboradora do Drops de Jogos

Apesar de testar o singleplayer para pegar alguns achievements e evoluir meu personagem, a diversão foi garantida quando joguei local co-op. A premissa é simples: Você quer chegar até o chefe final e precisa coletar loot e enfrentar inimigos enquanto passa por cinco mundos – calabouço, jardim, caverna subterrânea, salas do castelo e mais salas do castelo.

O gênero

Apesar de rogue-like nunca ter sido um atrativo para mim, depois de jogar Spelunky e Crowntakers eu comecei a simpatizar mais com esse estilo de jogo.

Em Lost Castle quase tudo é aleatório: Os ambientes, os chefões, as armas, os itens e baús de cada sala, a quantidade de inimigos e os NPCs. Pra deixar tudo ainda mais diversificado, além da variedade enorme de itens – em torno de 200 – os devs ainda acertaram em cheio ao incluir poções com efeitos randômicos negativos e positivos – o que me deixava sempre com um frio na barriga na hora de decidir toma-las ou jogá-las fora. 

Cada sala, cada baú e cada porta trazem uma surpresa e isso deixa o jogo muito divertido! A diversidade definitivamente contribui para que mesmo com a eventual repetição de áreas ou inimigos, algo novo sempre apareça para te motivar a continuar jogando.

As batalhas, as armas e a dificuldade

A única coisa permanente em Lost Castle é a evolução do seu personagem, o que, por um lado, facilita uma série de coisas, mas não influencia tanto em deixar o jogo mais fácil, já que as armas, armaduras e itens é que são os reais transformadores de habilidades.

Percebi que a dificuldade está muito atrelada ao tipo de arma que você escolher carregar. Lutar com lanças e espadas requer muito mais habilidade do que lutar com cajados, que além de terem alcance maior também ativam o movimento por teleporte – baita personagem apelão.

Na minha opinião as batalhas são bem prazerosas e alguns inimigos mais fortes ou chefões exigem uma leve estratégia de ataque e posicionamento, o que cria uma quebra do loop andar-bater-andar-bater.

Feedback final

Gostei bastante de Lost Castle. A arte do jogo não é assim uma Brastemp, mas ele foi bastante divertido e rendeu tantas horas de experiência co-op que ela não pesou como ponto negativo. 

Tudo isso me faz acreditar ainda mais que nenhum jogo precisa ser perfeito para ser considerado bom. O maior valor está em ter uma proposta clara que prenda a atenção do jogador e cumpra com o que prometeu, e a partir daí outros aspectos se tornam secundários.

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Mayara Fortin é arquiteta por formação, viajou e viveu pelo mundo, do Leste Europeu aos Estados Unidos. Atualmente trabalha como Relações Públicas do Void Studios, de São Paulo, e é uma fã vidrada em games independentes. Sua paixão pelos indies é tanta que um dia ela pretende conseguir fazer reviews de tudo o que já jogou. Foi a correspondente do Drops de Jogos em Los Angeles, durante a E3 2016.

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