Mars 2120, uma resenha. Por Pedro Zambarda

Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.

Mars 2120 é um game que destoa dos lançamentos recentes da QUByte, empresa brasileira que trouxe muitos ports de jogos asiáticos ao nosso país e que chegou a se destacar em eventos como o Indie Live Expo, do Japão. No entanto, apesar de ser um título original, Mars acerta nas referências e erra um pouco como experiência.

Basicamente ele é um metroidvania não tão linear com recursos elementais e um jogo de compreensão de fraquezas e vantagens dos inimigos. No papel da sargenta Anna “Thirteen” Charlotte, o jogo acerta de cara ao não esconder a sua identidade feminina – diferente de Samus Aran da Nintendo.

Os inimigos estão na melhor vibe do filme Tropas Estelares de 1997 em um 2D que não é 2D, é quase um 3D. É um 2,5D. E num cenário que rotaciona diante de alguns obstáculos.

No entanto, para o olhar mais experiente de desenvolvedores em engine Unreal, alguns monstros e cenários parecem pré-montados, o que mostra pouco polimento da equipe brasileira na entrega da experiência final. No entanto, mesmo com gráficos crus e uma história direto ao ponto, o jogo indie brasileiro vale os seus R$ 60 no Steam.

O que me incomodou na experiência?

Em alguns saltos e resolução de puzzles, eu senti uma câmera instável seguindo a protagonista que controlei na tela, o que desagradou a experiência do game na primeira run.

A boa notícia: Isso foi se acertando conforme ou me aprofundei no jogo. O que faltou, nas fases mais avançadas, foi um pouco mais de inimigos. No entanto, a experiência num geral é bastante agradável.

QUByte parece ter um carinho especial por esse título, com uma lore própria, sem estar tão atenado com tendências já fixadas pelo mercado de desenvolvimento de jogos. Espero mais experiências mais particulares deles.

Notas

• Gráficos: 8
• Jogabilidade: 7
• Som: 8
• Replay: 8
• Nota final: 7,75

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