Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Como é bom ver Mike Portnoy de volta ao Dream Theater, que volta a tocar com alma e menos com técnica. Não que a fase Mike Mangini tenha sido ruim. Mas era mais sobre pedais e velocidade com as baquetas do que sobre ritmo, melodia e alma. Parasomnia vem para rechear a discografia de estúdio dos reis do metal progressivo, que estavam se repetindo desde 2019.
Lançado em 7 de fevereiro, o novo disco tem a temática dos distúrbios do sono e acerta ao não querer ser tudo ao mesmo tempo. Ele lembra bastante o último disco com Portnoy, Black Clouds & Silver Linings (2009), com muita guitarra de John Petrucci.
Aliás, o guitarrista parece ter se consolidado com o líder da banda, com músicas que se complementam e que contam muito das suas histórias pessoais misturadas com a ficção.
Embora sombrio como Black Clouds, o disco tem elementos de Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory, com narrações e muita história, mas ainda distante de clássicos como Images And Words, mais antigos.
Aliás, o DT parece estar todo olhando para frente, para os novos projetos, para as novas sonoridades, sem necessariamente estar preso aos clássicos que consolidaram o grupo. E isso se dá com o retorno de um baterista que é muito identificado com os sons dos anos 1980 e 1990.
Muito bom ver o Dream Theater de volta, em músicas que não ultrapassam muito os 10 minutos. A exceção é “The Shadow Man Incident”, que é um clássico instantâneo.
Vale a pena ouvir o sombrio Parasomnia. Caia nos braços de Morfeu e dê uma chance para o novo.

Parasomnia é o Dream Theater entre o clássico e o obscuro. Foto: Divulgação/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.