Nesta resenha, publicada com certo atraso, contamos as impressões sobre o filme.
Dirigido por Paul William Scott Anderson, que fez os filmes Resident Evil: O Hóspede Maldito (2002), Resident Evil 2: Apocalipse (2004), Resident Evil 3: A Extinção (2007), Resident Evil 4: Recomeço (2010) e Resident Evil 5: Retribuição (2012), o capítulo final mantém a mesma constante das cinco histórias anteriores. Fã de games, Anderson traz tantas referências quanto fez em Mortal Kombat (1995), mas ainda dá espaço para galhofa e a canastrice em atuações cinematográficas.
Num espaço de cinco anos do último filme, o diretor simplesmente admite que sua audiência pode não ter visto os demais e conta a história deles em cinco minutos. É explicado sobre a inteligência artificial do computador Red Queen, do vírus dos zumbis ter dominado o mundo e a arma biológica Wesker ter isolado Alice (Milla Jovovich) em Washington D.C.
O grande vilão do filme é o cientista da Umbrella, Alexander Isaacs (Iain Glen), que teria criado clones das figuras-chave de sua corporação para espalhar o T-Virus e recriar a raça humana através dos zumbis.
Há muitas de ação focadas sobretudo em Milla Jovovich, que compensa o roteiro fraco com uma atuação que faz jus aos super-poderes de Alice num mundo perdido. Em muitas cenas, ela lembra vagamente Sarah Connor em Exterminador do Futuro 2 (1991). Há muito slow motion e tiroteios, incluindo personagens canônicos dos videogames como Claire Redfield. Mesmo assim, o filme dá sono.
A missão de Alice é sair da armadilha de Wesker e retornar até Raccoon City para retomar a base da IA Red Queen. No caminho, a protagonista enfrenta gangues e blindados que lembram bastante a Furiosa em Mad Max: Fury Road (2015).
Neste contexto, um dos poucos acertos do filme é se conectar de maneira fechada com o Resident Evil de 2002, o primeirão.
Mesmo assim, nem a fotografia de estrada ou de decadência num futuro distópico salvam o longa metragem que fecha a saga. O apelo aos clichês cinematográficos, a pouca originalidade ou a admissão explícita que o filme é pura galhofa tornam este sexto capítulo não só fraco. Fala-se muito em clonagem, futurismo e easter eggs dos games, mas Resident Evil 6: O Capítulo não soa como uma obra coesa.
Ele faz uma aposta conservadora – e segura, para ser franco – de que é mesmo mais uma adaptação confusa dos videogames. É uma pena que o diretor Paul W. S. Anderson não queira ser ousado neste episódio e na sua filmografia como um todo.
No entanto, Resident Evil: O Hóspede Maldito rendeu US$ 102 milhões em 2002. Enquanto isso, os que não foram dirigidos por Paul mas tiveram sua produção também foram bem-sucedidos, como Resident Evil 2: Apocalipse (US$ 129 milhões) e Resident Evil 3: A Extinção (US$ 147 milhões). Resident Evil 4: Recomeço foi o que teve mais sucesso em 2010, chegando em US$ 300 milhões e Resident Evil 5: Retribuição caiu para US$ 240 mi.
No Brasil, Resident Evil 6: O Capítulo estreou na liderança das bilheterias, rendendo US$ 7 milhões – o que equivalente a R$ 21 mi na conversão direta.
Pelo visto, a galhofa nas adaptações cinematográficas rende dinheiro. Muito dinheiro.
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