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Resident Evil 7, uma resenha completa. Por Paulo Zambarda de Araújo, colaborador do Drops de Jogos


Medo do escuro

Para sobreviver é preciso explorar cada canto da enorme propriedade para achar chaves, arquivos e partes da história que descreve a tragédia daquele lugar. Da mesma forma, há balas e remédios suficientes espalhados pelos cômodos, assim como os ingrediente para improvisar.

O “Mofo” é a nova ameaça. Seres cobertos por uma grossa camada de sujeira que deixam amostra garras e presas que podem machucar muito o jogador incauto. Combater o Mofo com balas é tenso e requer muita calma para evitar o desperdício de munição, mas ele também pode ser derrotado usando uma combinação de ataques de faca, defesa e agachamento – que torna o combate bem divertido, por sinal.

Regras da casa

A família Baker também está a solta e em cada cenário do jogo pelo menos um membro da família faz a ronda nos corredores a procura do jogador. Além disso, ele são imortais, o que aumenta a dificuldade para achar os itens necessários para derrotá-los em batalhas contra o chefe que marcam a mudança de um cenário para o próximo.

Infelizmente é depois da primeira transição que o ritmo do jogo fica mais previsível e, logo, menos engajante. Eis que entra a narrativa, contada sem nunca sair da perspectiva em primeira pessoa, e que exibe um trabalho cuidadoso para caracterizar todos os personagens do jogo.

Aja naturalmente

Parte da ironia nesta releitura é a atuação de um elenco bastante eloquente. A atuação dele evidencia um protagonista completamente sem sal e sem nada a dizer em situações onde ele está completamente fora do controle (Spoiler: Uma das cenas inclui uma motosserra).

Os Bakers fazem um ótimo trabalho de introduzir o jogador à sua loucura. Cada parte da casa está cheia pertences e de anotações de um membro da família para o outro, falando sobre afazeres, ou estoque de “comida”. Enquanto isso, Mia Winters, uma mulher rodeada de mistério e o par do nosso protagonista, faz as conexões dessa história ao cânone de Resident Evil.

Morto-vivo

Resident Evil 7 exibe gráficos e design de som soberbo. Jogamos a versão de PS4 e, enquanto algumas texturas deixam a desejar, o desempenho se manteve acima do que esperamos do jogo que comemora duas décadas da consagração do Survival Horror. Ele leva uma geração de jogadores prontos para entrar de volta no universo de zumbis e conspiração.

  • Gráficos: 8
  • Jogabilidade: 8,5
  • Som: 10
  • Replay: 6,5
  • Nota Final: 8,25

Paulo Zambarda de Araújo é desenvolvedor de jogos, formado pela PUC-SP, e é professor de inglês.

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