Sindicatos de jogos da Europa se unem contra a exploração

Em um momento histórico, alguns dos principais sindicatos da indústria de videogames da Europa divulgaram que estão criando uma “frente ampla” contra a exploração dos trabalhadores desta indústria.

A união foi anunciada em uma carta aberta, que aponta um momento da história onde diversos cargos da indústria correm perigo de ser extintos e há um esforço para silenciar as vozes dos trabalhadores que são contrários a esse movimento. Ela afirma que como esta é uma indústria cheia de empresas multinacionais que operam com escritórios espalhados por todo o mundo, os trabalhadores dessa indústria também devem se organizar para além das fronteiras de onde residem.

Entre as principais demandas que estarão na pauta desse esforço conjunto estão a luta pelo fim dos mandatos de “retorno ao escritório”, pelo uso obrigatório de ferramentas de IA generativa, e pela possibilidade de discordar de decisões administrativas sem ser ameaçado de demissão.

A carta é assinada pela Syndicat des Travailleureuses du Jeu Vidéo (França), IWGB Game Workers (Reino Unido), Game Workers Unite Ireland (Irlanda), ver.di Game Devs Roundtable (Alemanha), FIOM-CGIL Milan Work Council (Itália) e pela Coordinadora Sindical del Videojuego (Espanha).

O movimento de união sindical é o resultado de um protesto conjunto que aconteceu no mês de novembro, quando representantes de todos esses sindicatos apoiaram os protestos em frente à sede da Rockstar em Paris, causados pela demissão de cerca de 30 funcionários que estariam liderando um movimento de sindicalização na empresa.

De acordo com Scott Alsworth, representante da IWGB Game Workers, esta união é um marco histórico, pois é a primeira vez em que trabalhadores irão se organizar, coordenar campanhas de conscientização e possíveis greves para além de um único país. Ele acredita que essa união entre trabalhadores de diversos países pode não apenas tornar o movimento por melhorias mais forte, mas também ajudar a diminuir a sensação de isolamento que muitos desses trabalhadores sentem atualmente.

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