Por Pedro Zambarda, editor-chefe.
Bárbara Teles, advogada da empresa Rei do Pitaco e diretora de relações governamentais Associação Brasileira de Fantasy Sport (ABFS), deu palestra no Brazilian igaming Summit, BiS SiGMA Americas, “mais importante evento do setor de iGaming, Bettech e apostas esportivas do Brasil e América Latina”. Mês que vem ela estará em um novo evento de apostas.
Entre 4 e 6 de setembro ocorrerá o CGS Brasil 2023, um evento internacional, no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis. O encontro ocorre há 20 anos e tem 250 expositores, além de 25 conferências.
A CEO do evento, no site oficial, afirma o seguinte: “Um dos maiores problemas relacionados aos jogos e apostas esportivas no Brasil é a falta de uma regulamentação clara e abrangente. No entanto, com a recente assinatura da Medida Provisória de Jogos por parte de Presidente Lula da Silva, o país está dando passos importantes para a regulamentação desse setor.
A Medida Provisória estabelece diretrizes claras para a operação e o funcionamento dessas atividades, preenchendo uma lacuna legal que anteriormente gerava desafios e problemas. Agora, com essa regulamentação adequada, o cenário para os jogos e apostas esportivas no Brasil pode ser mais promissor, proporcionando maior segurança e transparência para os operadores e os apostadores. Mas todos concordam com as novas regras estabelecidas? Chegou o momento perfeito para o diálogo”.
A participação da representante da associação acontece no momento em que esse setor atuou para modificar o PL 2796, o Marco Legal dos Games de Kim Kataguiri, para retirar os fantasy do setor de apostas ou jogos de azar que podem ser tributados pelo governo Lula.
CGS trata sobre apostas, certo? A ABFS, no entanto, diz que não tem nada a ver com apostas, cassino ou bets.
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No mês de julho de 2023, o Drops de Jogos entrou em contato com a Associação Brasileira de Fantasy Sports (ABFS) com a seguinte pergunta: “A sua atuação não tem nenhuma relação com os fantasy games eventualmente serem categorizados como jogos de azar ou bet?”.
Em resposta, a entidade afirma que os fantasy estão fora da Lei 13.756/18, de jogos de azar. Um mês antes, porém, a ABFS esteve presente no maior evento de apostas da região chamado BiS SiGMA Americas.
Enquanto publicamos essa série de reportagens, a assessoria da Cartola FC entrou em contato com o Drops de Jogos com uma “nota exclusiva” sobre os fantasy games. Antes deles, três assessorias diferentes tentaram promover a ABFS conosco: PressFC, FSB e DeepPR.
Em comum, as ações buscam inundar a imprensa de “boas notícias” e “benefícios” dos fantasy games, que tem dados retirados de pesquisas conhecidas do setor de games ou trazem percentuais e estudos que não comprovam o alcance dessas modalidades no país.
Andando em ritmo acelerado até o começo do mês, PL 2796 travou na semana passada no Senado. Após entrar em “regime de urgência” para votação, com o Centrão querendo o Ministério dos Esportes de Lula, parlamentares de centro esquerda e até de extrema direita se manifestaram contra o Marco Legal dos Games e pediram mais discussão sobre a matéria em comissões.
Um dos impasses, um comum a todos os políticos no debate: fantasy games entram no marco, tirando espaço do desenvolvimento de jogos real, ou eles são games de apostas?
Bárbara Teles, da Associação Brasileira de Fantasy Sport, estará em um evento de apostas no mês que vem.
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