Educafro Brasil moveu uma ação civil pública contra o Google após a plataforma disponibilizar o jogo Simulador de Escravidão em sua loja de aplicativos, a Play Store, no qual o usuário pode simular ser um proprietário de pessoas escravizadas. A ONG pede que a empresa pague uma indenização no valor de R$ 100 milhões por danos morais coletivos.
Lançado na Google Play Store no dia 20 de abril, o aplicativo recebeu mais de 1 mil downloads e ficou indisponível por volta das 13h30 da quarta-feira (24), segundo a assessoria do Google.
De acordo com a petição aberta pela ONG, o valor de R$ 100 milhões pedido em indenização para o Google considera “a natureza in re ipsa do dano moral coletivo [quando o dano é presumido e não necessita de provas] e seu caráter punitivo-pedagógico”.
Na quarta (24), o Ministério Público Federal instaurou um procedimento para investigar o jogo e pediu esclarecimentos ao Google.
Procurado, o Google afirmou que não tem nada a comentar sobre a ação da Educafro, mas, em nota, reafirmou que o jogo já foi removido da plataforma e disse que os usuário devem denunciar aplicativos que estejam em desacordo com suas políticas. A produtora Magnus Games também não respondeu sobre o assunto.
Com informações da reportagem de Flávio Ismerim na CNN Brasil.
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