O incidente mostra que o GamerGate é tudo, menos uma discussão sobre excessos da imprensa. No auge do escândalo no ano passado, integrantes deste movimento de intolerância alegavam mentirosamente que a desenvolvedora Zoe Quinn tinha trocado sexo por uma resenha positiva no Kotaku norte-americano. O review simplesmente não existe.
Já a reputação de Zoe foi objeto de inúmeros ataques, incluindo xingamentos baixos por ela ser mulher. Isso despertou nomes como Anita Sarkeesian, Phil Fish, Brianna Wu e muita gente.
Estes fatos não são novidade. Mas é engraçado como uma chacina que deixou 129 mortos na França e mais de 90 feridos, com pessoas alvejadas no Bataclan e em cafés franceses, tenha virado tema de montagens difamatórias feita por detratores de Veerender Jubbal. Tudo porque ele, assim como muitos outros, se mantiveram com a verdade no caso Zoe Quinn.
Atacadas em série por muitas pessoas, Anita e Zoe foram falar sobre seu caso na Organização das Nações Unidas, a ONU.
O site Storify reúne alguns dos ataques que resumem a situação de Verender Jubbal antes de ser associado com os atentados em Paris.
"Eu não empregaria Jubbal, aquele idiota que não cabe em difinições. Oxford acredita e ele é sim racista", disse um branco quando ele citou a questão do preconceito com negros. Ao criticar Hatred, um jogo brutalmente sanguinário, não deixaram de aparecer GamerGaters que acham que o politicamente correto dominou a discussão. "Vocês canadenses são americanos livres graças aos Estados Unidos que arrasaram", diz outro.
"O criador do #stopgamergate2014 admite que ele não gosta de videogames".
A ideia dos GamerGaters é deslegitimar o crítico de games, calar vozes dissonantes e alegar "machismo reverso" ou "racismo reverso" de grupos sociais que são historicamente prejudicados.
Apoiar este movimento que ataca virtualmente negros, grupos religiosos e mulheres demonstra o retrocesso da mentalidade de jogadores.