Os usos de Pokémon GO não se restringem a terapias ou tratamentos. Basta você dar uma volta na Avenida Paulista ou no centro de São Paulo para ver, desde o dia 3 de agosto, grupos de pessoas tentando capturar monstrinhos raros. A disputa por ginásios entre os times Mystic, Valor e Instinct estão estimulando os treinadores a elevarem de nível para tomar espaços públicos.
Igrejas e praças nunca estiveram tão cheias. E não é por conta da fé ou dos passeios na rua, e sim por culpa de Pokémon.
É verdade que há também relatos de acidentes, atropelamentos e assaltos, mas Pokémon GO está provocando uma mudança social.
Meus pais, que nunca se interessaram pela franquia, baixaram o app gratuito e capturaram seus monstrinhos. Uma avó de uma amiga também começou o game com um Charmander e começou a andar pela casa. Um franquia de jogos que era muito restrita aos jovens dos anos 90 e 2000 passou a cativar adultos e idosos que não conheciam nada do game.
Neste mês de agosto, Pokémon está unindo pessoas, ajudando quem possui alguns problemas de socialização e estimulando o contato com o mundo físico. Como porta de entrada para a tecnologia de realidade aumentada, o game está dando os primeiros passos para a tomada do espaço público com as informações digitais.
Para aqueles que acham que Pokémon GO é um divertimento barato, fica o recado: Unir gerações distintas e entreter no espaço físico está longe de ser besteira. Este jogo veio para fazer o que os videogames sempre quiseram fazer desde o começo.
Provocar mudanças através da experiência.
Paul solo
Jogatina de Natal
O autor do livro que inspirou o filme
Ficará lá até 2025