O professor Francisco Tupy, atuante no Colégio Visconde de Porto Seguro, em São paulo, mantém um servidor para uso educacional do jogo Minecraft a qualquer aluno ou profissional da área, gratuitamente. A ideia surgiu após a premiação de seu trabalho com o game no evento sobre educação e tecnologia, promovido pela Microsoft, no qual seu projeto foi contemplado.
Quatro professores brasileiros, Tupy entre eles, foram selecionados em um extenso processo seletivo ao longo de 2014 e embarcaram para o desafio Microsoft Educator Challenge, onde os times formados com outros mestres de cada continente puderam elaborar soluções para a educação envolvendo recursos tecnológicos.
Francisco Tupy desenvolveu uma disciplina voltada para alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 1º ano do ensino médio. O projeto aproveita o fascínio e o tempo gasto pelos jovens com jogos para trabalhar conceitos de game design, gestão de processos e narrativa. Batizado de Ópera Tecnológica, o projeto procura fazer com que os alunos entendam a diferença entre jogar e produzir um game, desenvolvendo conhecimentos de tecnologia no idioma alemão (parte do currículo do colégio em que leciona), e de trabalho em equipe, entre outros. “Nesta disciplina, o professor exerce o papel de provocador, com a intenção de identificar, incentivar e colocar várias habilidades individuais para trabalhar juntas", esclareceu Tupy. "O resultado é um grande projeto baseado em tecnologia. Fizemos vários jogos analógicos e digitais com alunos de 13 a 16 anos, nas aulas. É essencial converter o interesse das crianças nos games para dentro da sala de aula, levando ao aprendizado da teoria. A tecnologia tem que servir como ponte”, acredita.
Com o recebimento da premiação, Tupy considerou que sua proposta deveria permitir oportunidades para outros profissionais e estudantes ao redor do mundo. "Depois da ida à Microsoft, fiquei pensando em como manter contato e ajudar professores que pediram ajuda", comentou, dando início ao processo, que hoje conta com o apoio do Windows Azure. "Comecei com 20 países na lista, sendo o primeiro o Vietnâ", informou.
O professor não tem dúvidas quanto ao potencial educacional dos games. "É imperativo usar os instrumentos à nossa disposição para criar o futuro, pensar, pesquisar, validar metodologias e transformar a nossa realidade. Motivado por isso, subi o servidor de #Minecraft para realizar pesquisas acadêmicas, compartilhar experiências com professores e integrar alunos de diversas partes do mundo. Ainda está em caráter de testes, mas já temos dezenas de países em contato e iniciando projetos", afrmou o professor na ocasião de lançamento do projeto.
O Drops de Jogos parabeniza o profissional e esta brilhante iniciativa. Que outros programas surjam no país e possam ser reconhecidos mundialmente.
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