Editorialmente, o Drops de Jogos não concorda com as agressões que não foram discutidas neste período de tempo. Nesta mesma semana, o dono do Jovem Nerd pediu desculpas à criadora do Pink Vader. Primeiro por um comentário no Facebook, depois em posts no Twitter. O grande problema é que não há uma mudança de posicionamento real nos grandes sites e portais para abarcar o ponto de vista feminino em assuntos nerds, que também incluem os videogames.
Para discutir profundamente a questão, o podcast AntiCast, do Brainstorm 9, lançou um programa com o nome de "Machismo no Mundo Nerd".
O áudio foi ao ar ontem e a hashtag de divulgação, #AntiMachismoNerd, chegou ao topo do Trending Topics São Paulo.
Por recomendação de uma leitora mulher, recentemente o Drops de Jogos integrou uma repórter feminina chamada Daniela Rigon, que já colaborou para nós anteriormente. Queremos que a Dani firme seu espaço aqui dentro, falando de assuntos que ela gosta e assuntos que ela julga importantes do ponto de vista jornalístico. Os editores do site permanecem sendo homens, mas acreditamos que podemos mudar o contexto com mais presença feminina no time.
Torcemos e apoiamos sites que são chefiados e editados por mulheres. Sabemos da iniciativa do MinasNerds, que teve um painel no Fest Comix 2015 e agora deve se tornar uma página própria. Além delas, há também o Pac Mãe, que aborda pautas geeks sob o ponto de vista maternal, e vários outros sites, como Garotas Geeks, Girls of War e páginas que torcemos para não perderem o ânimo e prosseguirem com seu trabalho.
Nesta mensagem, não queremos receber parabéns ou elogios pelo posicionamento. Game é um dos assuntos mais importantes no meio nerd e nós estamos apenas fazendo o nosso trabalho ao expôr um dos aspectos problemáticos do tema. Acreditamos que nosso papel de comunicadores é passar notícia e, também, ajudar a educar este público. Somos responsáveis pela audiência que cativamos.
Não queremos, também, atacar sites como Jovem Nerd, Cinema com Rapadura ou MRG. A ideia é fornecer informações para uma visão crítica sobre nosso meio. Nenhum questionamento é feito de maneira pessoal e sim pensando numa sociedade mais igualitária e inclusiva com as mulheres. O Drops de Jogos acredita em um meio formatado desta maneira, embora a realidade ainda esteja distante do ideal.
Não somos um site feminista, mas sim mais um apoiador das lutas sociais justas. E escolhemos não expôr os nomes das pessoas diretamente envolvidas nas brigas justamente por acreditar que é o debate, e não a exposição privada, a ferramenta para construir veículos melhores.
Apoiamos pautas alternativas, como abordar o mercado brasileiro de videogames, para aprofundar a importância de um assunto que já é frequentemente discutido.
O silêncio diante de ataques preconceituosos é a arma que gera a covardia de parte das pessoas. Queremos o debate franco para mostrar que o meio gamer é melhor do que a aparência atual.
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