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Desenvolvedores de Pernambuco criam game para deficientes físicos com tecnologia RealSense

A dupla de desenvolvedores de jogos de Pernambuco Pedro Barbosa Queiroz, game designer, e Misael Faustino, ilustrador 3D, foram premiados na última edição do Real Sense App Challenge, da Intel, com um game voltado ao público com deficiência de locomoção. O projeto The Mood Kingdom foi idealizado para atender aos deficientes físicos, que raramente são contemplados com propostas do gênero. O projeto recebeu a menção honrosa Trailblazer Recognotion, oferecida aos desenvolvedores que criaram demonstrações inovadoras, que romperam os limites usuais da interação humano-computador com o RealSense.

"Existem muitas pessoas que tem dificuldade motora, ou até que não tem as mãos e braços (tô falando sério aqui) e acredito que eles não tem as mesmas experiências que a grande maioria das pessoas, então vamos dar uma oportunidade para mais pessoas e deixar a RealSense fazer o que ela sabe fazer de melhor … que é ver você", escreveu Pedro Queiroz, também conhecido como Samu, em seu blog de trabalhos pessoais. O projeto pretende oferecer uma experiência confortável a todos interessados. "Quando falo Todos, estou me referindo a incluir até pessoas com atrofia nas mãos, deficiência motora e até amputados, esses que até ontem tinham muito mais dificuldade de interagir com as máquinas", informou o desenvolvedor em texto enviado à redação do Drops de Jogos.

Considerado um dos primeiros jogos 3D para deficientes físicos no mundo, o game propõe que o usuário controle a dinâmica no ambiente digital por meio de expressões faciais, a rotação de cabeça ou o piscar de olhos. Para se movimentar no Menu, por exemplo, basta você movimentar a cabeça e olhar ao redor; para selecionar algo, é necessário piscar um olho e o desvio de obstáculos pode ser realizado com a movimentação de para as laterais, além de fazer expressões faciais compatíveis com as encontradas no cenário.

A tecnologia RealSense, da Intel, é composta de câmera de vídeo com reconhecimento de voz, gestos e expressões faciais, e a competição acontece anualmente, premiando os melhores projetos idealizados a partir do sistema.

O game deve ser disponibilizado gratuitamente na rede, mas exige o uso do equipamento da empresa para funcionar.

Abaixo, o vídeo em inglês mostra as funcionalidades do game.

Kao Tokio

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