Três filhos do guerrilheiro Jonas Savimbi ingressaram com um processo contra a Activision Blizzard, publicadora de Call of Duty: Black Ops II, exigindo reparação por danos à imagem do líder rebelde, que combateu o governo angolano por décadas. Na primeira missão de campanha do game, o jogador deve ajudar Savimbi em uma batalha contra as forças do governo de Angola. O líder é retratado empunhando um lançador de granadas e conduzindo as tropas durante o combate.
Carole Enfert, advogada da família, disse que Savimbi é representado como um "grande imbecil, que quer matar todo mundo" e alega que o rebelde era, na verdade, um "líder político e estrategista". Para a Activision, o jogo apresenta Savimbi de forma adequada, como um "good guys": "um personagem da história da Angola, um chefe guerrilheiro que lutou contra o MPLA [Movimento Popular para a Libertação de Angola]", explicou Etienne Kowalski, advogado da desenvolvedora.
Em 2014 a Activision foi alvo de outra ação legal, na qual o ditador panamenho Manuel Noriega tentou processar a empresa em razão de sua aparência e representação no jogo. O processo acabou arquivado por um juiz do Tribunal Superior de Los Angeles, com base na primeira emenda, que confere direito à liberdade de expressão nos EUA.
Os filhos do político e combatente exigem da filial francesa da Activision Blizzard € 1 milhão por danos à imagem do líder rebelde.
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Fonte: The Guardian
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