Contra é um jogo de 1987 da Konami lançado para Arcade e NES que também fez sucesso nos anos 90, incluindo o Contra III no SNES e o Hard Cops no Mega Drive. Blazing Chrome é o Contra mais Contra que o próprio Contra e chegou em julho de 2019 pelas mãos competentes da JoyMasher de Danillo Dias e Thais Weiller, além do programador Iuri Nery que tinha acabado de sair da faculdade.
Blazing é direto e reto. São seis fases, o nível de dificuldade é difícil, o que exige que o jogador pense antes de agir e durante a ação. A trilha é frenética, autoria de Tiago Santos e Dominic Nninmark, além dos efeitos sonoros do expert Thiago Adamo. Há alguns recursos para quem está começando, como o modo fácil e algumas fases verticais que não matam o segundo player, que é teletransportado.
Os chefes são gigantes e são uma ótima homenagem ao período dos 16 bits. O ritmo do jogo puxa mais para o frenético Oniken do que o mais cerebral Odallus. Morrer em Blazing Chrome não é um problema, especialmente se você não está acostumado com jogos de quase 30 anos atrás.
Perder vidas e personagens era uma questão de um golpe dos inimigos. Você tinha que treinar esquiva e ataque ao ponto de ficar realmente bom naquela realidade 2D. E isso se repete aqui.
Para o jogo, é possível escolher entre a soldado Mavra e o robô do bem Doyle e, ao terminá-lo, você libera o ninja Raijin e a guerreira Suhaila. O combate corpo a corpo é um ótimo complemento no jogo, que me lembrou, para além de Contra e Metal Slug, um pouco de Mega Man.
O enredo é simples: As máquinas destruíram o mundo e você é a resistência. Exterminador do Futuro? Alien O Oitavo Passageiro? Um pouco de cada.
É um game que não deve nada aos clássicos que foi inspirado e, justamente pelo trabalho consistente da JoyMasher, é um dos grandes destaques da cena brasileira deste ano.
Jogue Blazing Chrome. Você pode comprá-lo por 33 reais no Steam.
Gráficos: 9
Jogabilidade: 9,5
Som: 9
Replay: 8
Nota final: 8,87
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