Como divulgamos um game brasileiro na fila de Zelda na E3. Por Mayara Fortin, correspondente internacional - Drops de Jogos

Como divulgamos um game brasileiro na fila de Zelda na E3. Por Mayara Fortin, correspondente internacional

Quando estávamos na fila para testar o novo The Legend of Zelda: Breath of the Wild, eu tive uma ideia em Los Angeles.

Foto: Divulgação

Graças à iniciativa do Luiz Aguena e de toda a equipe do Void Studios, eu tive a oportunidade de participar da E3 2016. Enxergamos uma oportunidade positiva para a divulgação do jogo de estreia do estúdio: Eternity: The Last Unicorn.

Conseguir um espaço para expor dentro do Convention Center é algo que sai por um preço extremamente salgado, especialmente depois de convertermos o dólar para reais. Por isso, tivemos que bolar outro plano, sem ter muita certeza de que ele funcionaria. 

E, spoiler alert deste texto, isso funcionou.

Entre diversas reuniões específicas e algumas outras atividades, nós levamos o jogo em um notebook, na mochila, com controles de ambos os consoles no qual ele será lançado. E foi assim que descobrimos que é possível criar oportunidades em qualquer situação.

Conversamos sobre o jogo com muitas pessoas, mostramos trailers pelo celular e exibimos até o seu artbook. Porém acho que a situação mais inusitada de todas foi nos aproveitar das longas filas para abrir o notebook, conectar um joystick de PlayStation 4 ou Xbox One, e dar play no Eternity. Foi assim que as pessoas ao nosso redor na fila puderam testar a demo ali mesmo.

Fizemos isso justamente na fila do Zelda.

A ideia foi um sucesso! O público ficou muito interessado no jogo e não houve quem não elogiasse as cores e o visual de cada cenário. Recebemos muitos feedbacks positivos, em especial de jogadores e jogadoras que comentavam estar impressionados com a qualidade do jogo, que afirmaram quase não acreditar que Eternity era uma produção indie e ainda de uma equipe tão pequena.

As pessoas gostaram muito do fato da personagem principal ser feminina, e ainda comentaram que percebem as referências dos desenvolvedores, em jogos como o primeiro Resident Evil e como Dark Souls.

Isso foi muito positivo para o Void Studios em diversos sentidos, e nos sentimos orgulhosos de podermos estar ali, mesmo que informalmente, mostrando nossa produção brasileira. Em especial porque durante os três dias de E3, nós buscamos desenvolvedores/as indies brasileiros/as por toda a feira e infelizmente não encontramos nenhum/a.

Nos sentimos representando a produção nacional e mostrando que aqui também se faz jogos de qualidade. A ponto de serem exibidos na maior feira de games do mundo.

A correspondente internacional viajou a convite das empresas: Void Studios, Aquiris Game Studio, TDZ Games e Flux Game Studio.

Para ver o que a Mayara fez na E3, que tal acompanhar o novo Instagram do Drops de Jogos?

Mayara Fortin é arquiteta por formação, viajou e viveu pelo mundo, do Leste Europeu aos Estados Unidos. Atualmente trabalha como Relações Públicas do Void Studios, de São Paulo, e do Astro Crow, da Flórida, e é uma fã vidrada em games independentes. Sua paixão pelos indies é tanta que um dia ela pretende conseguir fazer reviews de tudo o que já jogou. Foi a correspondente do Drops de Jogos em Los Angeles, durante a E3 2016.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

Categorias:
Indie
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