Round 3: Fight!
A luta em favor da liberdade de criação e contra a opressão ao desenvolvimento e usufruto de games no Brasil está cada vez mais parecida com uma partida dos games de luta, na qual vencemos a duras penas cada novo round, sem garantias da conquista no final.
É esta a sensação que o gamer tem quando se depara com as manobras dos deputados para fugir ao debate sobre a produção de jogos no país, e sua relevânncia como expressão cultural e não, como querem fazer acreditar, motivador da violência social na atualidade.
Após a má receptividade de sua proposta de criminalizar os games pretensamente considerados "violentos", com uma votação online na qual 99% dos internautas discordaram totalmente da iniciativa, com quase 25 mil manifestações contrárias, o deputado Bozzella, autor do projeto e pertencente ao partido do presidente eleito, embutiu de forma ardilosa o projeto em outra PL sobre violência, há 10 anos engavetada.
A "velha-nova" PL 6042/2009 subiu à rede para mais uma enquete popular. Mais uma vez, a votação popular está mostrando a indignação com a proposta, exibindo novamente 99% de desaprovação.
Longe de parecer uma vitória, toda essa saga demonstra como os escaninhos da política são matreiros e de difícil acesso e compreensão para o cidadão médio, que tem que lutar para fazer valer seus direitos nos tempos atuais.
Trabalhando em favor de uma falsa moral e de olho nos votos do eleitor mais conservador e, não raro, ignorante quanto às oportunidades abertas pelos meios digitais, deputados sem quaquer expressão se utilizam de artifícios reprováveis para tornarem seus nomes conhecidos, enlameando os videogames.
O Drops de Jogos, que sempre trabalhou em favor da livre expressão e da diversidade cultural em sua essência, permancerá vigilante às manobras que visam tolher as oportunidades no já difícil mercado desenvolvimentista brasileiro.
Manifeste-se você também, respondendo à enquete e mostrando aos oportunistas que nosso trabalho é realizado com honra, brio e o suor de muitos profissionais, que merecem respeito.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.