O caso começou no dia primeiro de abril com uma nota dada pelo site The Enermy do Omelete. Dali se desenvolveu uma corrente de críticas ao parlamentar, que desenvolveu o projeto para tentar surfar no Massacre de jovens em Suzano e no moralismo de muitos deputados da atual gestão. Alinhado com a Bancada Evangélica e com setores reacionários da sociedade brasileira, o projeto visava, mais uma vez, taxar o entretenimento eletrônico como culpado e não as péssias condições sociais que ainda vivemos em nosso país.
O Drops de Jogos entrou de maneira incisiva na discussão, primeiro com análises sobre o discurso do projeto de Bozzella, que não define o que são os tais "jogos violentos". Depois com um furo de reportagem dado por nosso editor de conteúdo Kao Tokio sobre o anexo de um projeto de 2009 do deputado Carlos Bezerra do MDB. Na essência, o anexo embutia ao projeto crimes de corrupção e grave violência para aprofundar a proposta.
The Enemy, Combo Infinito, Meio Bit e Canaltech repercutiram o furo, dado com informações dos desenvolvedores, e vários outros sites também trataram sobre a mesma informação.
Há enquetes online abertas com a população claramente contra o projeto e seus desdobramentos, mas os parlamentares, na ânsia de fazer populismo, continuam manobrando a proposta para culpar de alguma forma uma indústria que gerou ganhos econômicos e sociais para o Brasil na sua mais grave crise econômica no período democrático.
Nós do Drops de Jogos não abrimos mão do nosso papel jornalístico neste caso e em outros. Temos lado – o do setor produtivo de jogos, do consumidor ao desenvolvedor.
E não abrimos mão.
Como o próprio setor não deve abrir a mão. Deve-se pressionar, denunciar e impedir propostas absurdas propagadas por parlamentares que desconhecem a cena e que visam prejudicar seu próprio país.
PS do Drops de Jogos: O deputado tinha desaparecido do Facebook e do Instagram e parece que voltou atrás. Postou no Face reclamando do "achincalhamento" do projeto em um novo vídeo.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.