AVISO DE GATILHO: Suicídio.
Uma mãe do estado da Flórida, nos Estados Unidos, processou a startup de inteligência artificial Character.AI e o Google por, segundo ela, causar o suicídio de seu filho adolescente em fevereiro de 2024. De acordo com ela, Sewell Setzer, que tinha 14 anos, ficou viciado.
Ele teria ficado apegado emocionalmente a um personagem criado por inteligência artificial através do serviço da empresa. Em um processo movido no último dia 22 de outubro em um tribunal federal de Orlando, a mãe, Megan Garcia, afirmou que a Character.AI direcionou seu filho para “experiências antropomórficas, hipersexualizadas e assustadoramente realistas”.
Garcia acusa a empresa de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), negligência e imposição intencional de sofrimento emocional. Ela busca uma indenização, não especificada, pelos danos causados em decorrência da perda.
Essa ação também inclui o Google, onde os fundadores da Character.AI trabalharam antes de lançar seu produto. O Google recontratou os fundadores em agosto como parte de um acordo em que obteve uma licença não exclusiva à tecnologia da Character.AI.
Segundo Megan Garcia, o Google contribuiu tanto para o desenvolvimento da tecnologia da Character.AI que deveria ser considerado cocriador dela. Na plataforma, Sewell se apegou a “Daenerys”, uma personagem de chatbot – programa que simula conversas humanas – inspirada na série “Game of Thrones”.
Para quem precisa de apoio emocional, além de acionar a rede de apoio, o acolhimento inicial pode ser feito através do número 188, o número do Centro de Valorização da Vida (CVV), que é válido em todo território nacional e é gratuito.
Com informações da Reuters.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
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