Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.
ALERTA: TEM POSSÍVEIS SPOILERS.
Estava ouvindo Nerdcast (sim, eu ouço Nerdcast) e o pessoal estava detonando a segunda temporada de Aneis do Poder, a série no streaming da Amazon situada na Segunda Era do universo de Tolkien em Senhor dos Aneis. No mérito, estavam todos do Jovem Nerd cobertos de razão nas críticas à Rings of Power. No entanto, como alguém que engoliu os episódios, essa série desceu muito mais redondo do que House of Dragon da HBO, com muita politicagem, promessa e pouca ação.
Aneis do Poder conquista, de cara, com uma excelente fotografia. O meu Instagram ficou abarrotado de screenshots e montagens com os personagens graças ao algoritmo. Mas é fato que a produção tem um capricho visual que prende do começo ao fim.
E mesmo com uma gosma que lembra Venom no primeiro episódio, o desenvolvimento do personagem Annatar/Sauron consegue dar conta de reproduzir o perigo do principal discípulo de Morgoth nos livros, enquanto a trilha sonora narra a forja dos nove aneis para os humanos, objeto de disputa na temporada toda, três para os elfos e sete para os reis anões. A série dá conta de mostrar que esses demais aneis guardam características que serão maximinizadas com o Um Anel. A produção prende muito por seu antagonista.
O plot dos anões também é bastante atraente por mostrar o explendor de reinos que depois se tornarão decadentes na mesma história, assim como o plot do Stranger/Gandalf simula um pouco do que foi tanto O Hobbit quanto Senhor dos Aneis, sem entregar toda a história de bandeja.
A segunda temporada, no entanto, peca muito em Numenor e nas sequências dos homens, embora sempre acerte em mostrar o elfo negro Arondir, bem como aprofundar os orcs e uruk-hais com Adar. E o beijo entre Galadriel e Elrond? Inexplicável, embora elfos não sejam tão explicáveis para humanos.
Eu gostei da série, embora omita personagens (sumiu um rei em Numenor que era próximo dos elfos, antes do declínio) e encurte passagens. Rings of Power é uma ótima homenagem para quem adorou os filmes já clássicos de Lord of the Rings nos anos 2000.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.