A primeira impressão que se tem é que a companhia fez seu primeiro passo ousado rumo às tecnologias móveis. Isso parece um engano pelos dados que temos atualmente.
No mundo, o 3DS vendeu mais de 54 milhões de unidades, menos do que os 118 milhões de Game Boys comercializados, mas um sucesso absoluto entre os consoles de games portáteis. Entretanto, esses números não encostam em 700 milhões de unidades vendidas do iPhone da Apple em todos os seus modelos, enquanto o número de usuários ativos do sistema Android chegou em mais de 500 milhões.
Os celulares são uma ameaça real à Nintendo, que conquistou seu espaço no mundo dos games com consoles domésticos e portáteis.
E o que eles decidem lançar?
Miitomo, um app de comunicação com os avatares mii, famosos no Nintendo Wii e no Wii U. Bonecos customizáveis como os da série The Sims.
É uma iniciativa tímida demais para ser lançada só em março de 2016 – e nem se parece com um jogo tradicional. A empresa poderia ousar mais e investir logo em um novo Mario para smartphones, mas prefere ser conservadora em sua entrada neste mercado que ainda não domina.
Mesmo com esse clima de aparente decepção, a companhia surpreendeu neste final de ano ao anunciar o primeiro ginásio Pokémon em Osaka, no Japão, além do jogo Pokémon Go, que funciona com realidade aumentada. Investiu em inovação em novas iniciativas. Mas ela ainda prefere guardar cartas mais ousadas no bolso.
Seu Wii U, por exemplo, foi um fracasso como console doméstico até o momento. Vendeu cerca de 10 milhões de unidades, ultrapassando o Dreamcast (1998), última empreitada falida da SEGA.
A Nintendo ainda promete outros quatro aplicativos além do Miitomo até março de 2017. Shigeru Miyamoto, o criador de Mario, ventilou ao Wall Street Journal que os amiibos poderão funcionar com os celulares com programas da Big N.
Será que isso é o suficiente? Ou a Nintendo está tímida demais?
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.