Paul McCartney não esconde suas opiniões sobre as próprias músicas. Entre os experimentos de sua carreira solo sob o nome de The Wings, “Baby Face” traz uma lembrança ambígua para o ex-Beatle. Gravada durante a era “Venus and Mars”, a faixa contou com uma autêntica banda de jazz de Nova Orleans.
Mas McCartney nunca ficou totalmente satisfeito com o resultado técnico.
“Eu levei a faixa e pedi para esses caras fazerem a sobreposição. Mas, sabe, eles não sabiam o que eram fones de ouvido. Eles são uma banda tradicional, certo? Uma verdadeira banda de metais de Nova Orleans.
Eles tiveram dificuldade em acertar o tempo no começo, mas depois pegaram o jeito”, explicou o músico. “Se você olhar criticamente, é um som terrível, mas tem uma alegria adorável.” A entrevista foi resgatada pela Far Out.
A gravação capturou a vibração de uma banda ao vivo, mesmo com limitações técnicas. O próprio McCartney reconheceu o caráter abrasivo do som, especialmente nos metais, mas destacou que isso fazia parte da proposta: “A ideia era soar como se você estivesse vendo uma banda tocando junta. Às vezes, isso significa explodir seus ouvidos com os metais acertando a nota certa.”
“Venus and Mars”, quarto álbum do Wings, foi lançado em maio de 1975, sucedendo o aclamado “Band on the Run”. O disco marcou o início da parceria de Paul McCartney com a Capitol Records após o fim da Apple e serviu como impulso para uma turnê mundial de um ano.
Com informações da Whiplash.net.
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