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Sala de aula. Foto: Wikimedia Commons
Nesta segunda-feira (14/4), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, esteve no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), em Betim, para anunciar o programa Mais Ciência na Escola no estado. Serão investidos R$ 9 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em 31 municípios mineiros, com a implementação de 90 laboratórios mão na massa em todo o Estado. A cerimônia contou com a presença da coordenadora geral de Tecnologia e Educação Básica do Ministério da Educação, Ana Úngari, do reitor do IFMG, Rafael Bastos, do prefeito de Betim, Heron Guimarães, e de autoridades locais.
“No ano passado, o presidente Lula assinou o decreto de criação do programa Mais Ciência na Escola, que visa disseminar o letramento digital e a educação científica na educação básica. No mesmo ano, abrimos a chamada pública e, hoje, estamos aqui para concretizar essa iniciativa, lançando oficialmente o Mais Ciência na Escola em Minas Gerais”, explicou a ministra Luciana Santos.
Já Ana Úngari, levantou a importância da educação digital. “Essa iniciativa, tão importante, visa promover uma educação digital e científica nas nossas escolas. O Mais Ciência se insere dentro de um contexto maior, articulando-se com outras políticas do MEC, e nos permite repensar a educação básica nas nossas escolas sob uma perspectiva de formação integral dos estudantes. É fundamental termos um olhar especial para as adolescências, além de promovermos uma visão intencional sobre o bom uso das tecnologias nas escolas”, disse.
O Mais Ciência na Escola é um projeto que aproxima os estudantes das ciências, despertando o interesse pelo estudo, e unindo teoria e prática, com mais investigação e experimentação científica. O programa tem como objetivo enfrentar desigualdades e ampliar oportunidades no âmbito da educação básica.
“Levar a ciência para as escolas é, sem dúvida, abrir o mundo. Os Institutos Federais, como o IFMG, desempenham um papel fundamental nesse processo. A construção desse modelo, que é tão complexo, começou em 2008, quando os Institutos Federais foram criados. Eles oferecem desde o ensino técnico até a pós-graduação, e hoje estamos aqui lançando um programa que aproxima o governo federal e o poder municipal, levando soluções para realidades diversas”, comemorou Rafael Bastos, reitor do IFMG, que concluiu: “Ao olhar para este projeto, estamos, na verdade, mirando no futuro das nossas gerações”.
O MCTI disponibilizará 230 bolsas para professores da educação básica, bem como para professores e estudantes dos ICTs mineiros. “Em junho, serão implementados 90 laboratórios mão na massa e concedidas 900 bolsas para estudantes da educação básica. Dessas bolsas, no mínimo 50% serão para estudantes do sexo feminino e 50% para pessoas pretas, reafirmando o nosso compromisso com a diversidade na ciência. Trinta e um municípios serão contemplados com a iniciativa”, anunciou a ministra Luciana Santos.
Mais Ciência na Escola
A implementação do programa em Minas Gerais articula, de forma pioneira, a colaboração entre o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), o Instituto Federal Sul de Minas (IFSULDEMINAS) e o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), que construíram juntos a proposta mais qualificada na Chamada Pública.
“O MCTI está investindo R$ 9 milhões no programa aqui no Estado e esse valor será potencializado pelos parceiros locais, que promoverão ações complementares e outros aportes. Um exemplo disso é a Prefeitura de Ouro Branco, que, com recursos próprios, ampliará o atendimento da rede local para mais duas escolas”, destacou a ministra Luciana Santos.
Ana Úngari pontuou a importância da parceria entre os ministérios. “Esse programa se insere dentro de um contexto mais amplo e traz uma parceria muito rica entre o Ministério da Educação, o Ministério da Ciência e Tecnologia e os Institutos de Ciência e Tecnologia, representados pelos Institutos Federais aqui de Minas Gerais. Mas também destaca a importância das prefeituras e das escolas. Quero enfatizar para todos os prefeitos presentes que o protagonismo das escolas e das Secretarias de Educação no projeto é absolutamente fundamental para que ele funcione e possa servir como exemplo de boas práticas”, salientou.
O prefeito de Betim, Heron Guimarães, ressaltou o empenho em colocar a educação como prioridade e destacou a importância do programa para o município. “O que estamos inaugurando hoje não é apenas um programa, mas um símbolo de algo muito maior. É um marco real e transformador que reforça o nosso compromisso não só com Betim, mas com um Brasil mais justo, inovador e preparado para os desafios do presente e do futuro. Este programa é um convite para que nossos jovens sonhem mais alto, pensem criticamente e se tornem protagonistas na construção de um futuro melhor, por meio do ensino técnico”, afirmou o prefeito.
Ainda de acordo com a ministra Luciana Santos, esta iniciativa culminará na criação de uma grande feira de ciências estadual dos IFs, onde serão apresentados os trabalhos, pesquisas e resultados alcançados pelos estudantes do programa.
“Este é um projeto que se insere no contexto do uso saudável de tecnologias para o aprendizado e a conquista da autonomia, em uma perspectiva crítica e cidadã, em escolas de todo o país. Os alunos terão a oportunidade de participar, ter contato com a cultura digital e aprender fazendo. E, a partir dessa união do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com os parceiros locais, quero ver esse lugar cheio de pequenos cientistas”, enfatizou Luciana.
O Mais Ciência na Escola oferece uma estrutura que permite à educação básica ter mais atividades práticas, dando protagonismo aos estudantes para que, com orientação e compartilhamento de conteúdo com seus professores, possam desenvolver diversos projetos, inclusive criar soluções para o cotidiano de sua família e comunidade, a partir do método científico. A proposta é que as ações “mão na massa” estejam diretamente ligadas à inclusão produtiva e ao desenvolvimento das vocações locais.
O programa também contribui para o fortalecimento da Educação em Tempo Integral e melhora a qualidade da educação, estimulando crianças e jovens a desenvolverem competências e habilidades relacionadas às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
A implantação dos laboratórios está vinculada a atividades de letramento digital, educação midiática e conteúdos direcionados ao combate à desinformação. Nesse sentido, o programa incentivará a formação de clubes de ciência, a participação em feiras de ciências e olimpíadas científicas.
Segunda fase do programa
O Mais Ciência na Escola terá uma segunda fase em Minas Gerais, contemplando a proposta mais bem colocada na chamada pública. “Essa segunda etapa será liderada pela Universidade Federal de Uberlândia, com a criação dos ‘Laboratateliês’, que trabalharão três linhas temáticas: ciências ambientais e sustentabilidade; produção audiovisual e multimídia; e robótica e automação. Serão contempladas escolas das cidades de Uberlândia, Araguari, Ituiutaba, Monte Carmelo, Canápolis, Gurinhatã, Capinópolis e Uberaba”, anunciou a ministra Luciana Santos.
Além disso, a articulação do Mais Ciência na Escola com a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, do MEC, coloca o programa como um ativo importante do PAC da conectividade, considerando a relevância do acesso significativo à internet para o desenvolvimento do país, algo que tem avançado consideravelmente.
Ao todo, o Mais Ciência na Escola investirá R$ 200 milhões em todo o Brasil, contemplando 2 mil escolas, 20 mil bolsas para estudantes e 2 mil bolsas para professores. Os recursos são provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que foi integralmente recomposto nesta gestão, possibilitando investimentos recordes em ciência, tecnologia e inovação no país.
“Quero finalizar ressaltando que nunca se investiu tanto em ciência, tecnologia e inovação. Em Minas Gerais, de 2019 a 2022, os desembolsos médios anuais eram da ordem de R$ 165 milhões. Nos anos de 2023 e 2024, esses desembolsos anuais médios chegaram a mais de R$ 700 milhões, um aumento superior a 320%. E, agora, em abril de 2025, os desembolsos já superaram R$ 232 milhões, 40% acima da média dos anos anteriores”, finalizou Luciana Santos.
Cidades e Instituições contempladas nesta primeira fase:
Cidade | Instituição |
1 Bambuí | IFMG |
2 Congonhas | IFMG |
3 Conselheiro Lafaeite | IFMG |
4 Formiga | IFMG |
5 Governador Valadares | IFMG |
6 Ipatinga | IFMG |
7 Mariana | IFMG |
8 Ouro Branco | IFMG |
9 Sabará | IFMG |
10 Almenara | IFNMG |
11 Araçuaí | IFNMG |
12 Arinos | IFNMG |
13 Coração de Jesus | IFNMG |
14 Diamantina | IFNMG |
15 Grão Mogol | IFNMG |
16 Janaúba | IFNMG |
17 Januária | IFNMG |
18 Minas Novas | IFNMG |
19 Montes Claros | IFNMG |
20 Salinas | IFNMG |
21 Borda da Mata | IFSULDEMINAS |
22 Carmo de Minas | IFSULDEMINAS |
23 Elói Mendes | IFSULDEMINAS |
24 Inconfidentes | IFSULDEMINAS |
25 Machado | IFSULDEMINAS |
26 Paraguaçu | IFSULDEMINAS |
27 Passos | IFSULDEMINAS |
28 Poço Fundo | IFSULDEMINAS |
29 Poços de Caldas | IFSULDEMINAS |
30 São Lourenço | IFSULDEMINAS |
31 Três Corações | IFSULDEMINAS |
Encontro com o prefeito de Belo Horizonte
A agenda da ministra Luciana Santos também incluiu uma visita ao prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião. “Fiz questão de passar aqui para conversar com o prefeito e alinhar os programas do MCTI com ele”, disse a ministra.
Ela enfatizou a importância da expansão do Mais Ciência na Escola no estado e a possibilidade de implementar a ação também na capital, destacando a vocação de Belo Horizonte e da região metropolitana para concentrar indústrias, além dos investimentos da Nova Indústria Brasil na região, que geram emprego e renda de qualidade.
“Já temos parceiros dentro do Ministério, mas nada melhor do que conversar diretamente com a ministra e colocar Belo Horizonte na rota do Ministério de Ciência e Tecnologia, porque a capital precisa evoluir junto com o país”, afirmou Damião.
Por fim, a ministra comentou sobre a parceria com a UFMG no CT Vacinas, onde está sendo finalizada a primeira vacina 100% brasileira contra a COVID. “Há 15 dias, foi lançada a maquete pública de expansão do BHTF. O CT Vacina é um dos maiores exemplos de eficiência e capacidade no Brasil, de onde sairá a primeira vacina 100% brasileira de prevenção à COVID”, concluiu a ministra.
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