Pois é, não basta dizer que o mercado de games fatura hoje mais que o mercado de cinema (blergh). Nem que somos todos audiovisuais. É preciso entender como a carroça anda. Se você pretende mesmo usar essas metáforas ou mesmo acreditar que uma coisa está relacionada a outra assim, digamos, capilarmente.
Selecionei um podcast recentíssimo do Brainstorm 9, acerca da atual polêmica da série 3%. O título já diz tudo e não fica apenas na dita série. Ele traça alguns alinhavos sobre como é produzir vídeo no Brasil de hoje e como, querendo ou não, o pessoal anda obtendo resultados. De quebra fica evidente que não somos apenas nós, os gamedevs, que temos problemas com cultura nacional nas produções.
São quase duas horas de podcast, mas vale cada centavo do tempo investido. Principalmente porque não se tem esse nível de debate no universo gamedev. Portanto, vamos torcer pela proximidade de problemas para entender exatamente o que está acontecendo no momento.
Entenda o seguinte ponto: Ninguém é obrigado a ter duas horas de tempo livre para ouvir cultura supérflua.
Mas se você não se esforça pra ter esse tempo/compreensão, então não reclame depois que seu game continua com aquele ar de anjinhos barrocos irrelevantes.
Renato Degiovani é o primeiro game designer de jogos digitais, desde 1981. É colunista do site Drops de Jogos no espaço DEV.LOG, com textos regulares sobre sua experiência de décadas. Foi o desenvolvedor do jogo Amazônia, é conhecido na comunidade nacional do aparelho MSX, editou a revista Micro Sistemas e é responsável pelo espaço TILT Online.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.