Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),Alexandre de Moraes, virou alvo nesta quarta-feira de um processo judicial nos Estados Unidos por suposta violação da soberania americana pela plataforma Rumble. A ação é movida pelas empresas Trump Media & Technology Group, comandada pelo presidente americano Donald Trump.
Moraes determinou o bloqueio da rede social Rumble no Brasil. A decisão foi publicada na tarde desta sexta (21). Agora, cada provedor vai ser notificado para suspender para seus clientes o acesso à rede.
As companhias acusam Moraes de infringir a Primeira Emenda da Constituição americana, que versa sobre liberdade de expressão, ao determinar que o Rumble remova contas de influenciadores de direita brasileiros. A alegação é de que a determinação descumpriria a legislação do país ao censurar discursos políticos que circulam nos EUA.
A rede social foi fundada em 2013 por Chris Pavlovski, e se define como uma plataforma de vídeo “verdadeiramente independente”, e para “defender sua voz” em um mundo com “perspectivas diversas”. O espaço é usado como área alternativa para vlogueiros e criadores de conteúdo independentes.
Durante a pandemia da Covid-19, o YouTube e outras redes começaram a alertar nos vídeos sobre conteúdos com fake news sobre a doença, ou mesmo remover conteúdos. Neste período, segundo a revista Fortune, o deputado americano Devin Nunes, do Partido Republicano, acusou o YouTube de censura, e passou a divulgar seu perfil no Rumble, levando outros nomes da direita para a rede social. Segundo o jornal The Wall Street Journal, o atual vice-presidente americano J.D. Vance começou a investir na plataforma em 2021.
No Brasil, o Rumble abrigou os canais de influenciadores como do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que teve perfis bloqueados no YouTube por determinações da Justiça brasileira. Em dezembro de 2023, a rede anunciou sua saída do Brasil após as decisões judiciais. No início deste mês, no entanto, a empresa declarou que retomará o funcionamento no país. Moraes pediu indicação de representante legal e, sem resposta, bloqueou a plataforma.
Com informações de O Globo e G1.

Rede Social Rumble foi fundada em 2023 e é vendida como plataforma de vídeos ‘imune à cultura do cancelamento’ — Foto: Divulgação/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
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