Nos últimos anos, a DeepSeek consolidou-se como uma força relevante no cenário da inteligência artificial, atraindo olhares do mundo todo com seu aplicativo de chatbot, que rapidamente ganhou popularidade nas lojas da Apple e Google. Essa rápida ascensão trouxe à tona questionamentos.
Questionamentos sobre a capacidade dos EUA de manter sua dianteira na competição pela IA e sobre a viabilidade da demanda por chips especializados. Mas como a plataforma conquistou esse destaque em tão pouco tempo?
A origem da empresa está ligada à High-Flyer Capital Management, um fundo de investimento quantitativo chinês que emprega IA em suas estratégias de negociação. Criada por Liang Wenfeng, um apaixonado por inteligência artificial, a High-Flyer deu vida à DeepSeek em 2023 como um centro de pesquisa focado em ferramentas de IA, tornando-se posteriormente uma empresa autônoma.
Como a DeepSeek desenvolveu seus modelos de IA?
Desde o princípio, a DeepSeek optou por construir sua própria infraestrutura para treinar seus modelos, superando obstáculos como as limitações impostas pelos EUA à exportação de hardware. A empresa precisou recorrer aos chips Nvidia H800, uma versão menos avançada do H100, disponível para companhias americanas. Seu time técnico é formado por jovens promissores, muitos recrutados diretamente de renomadas universidades chinesas.
Em novembro de 2023, a plataforma apresentou seus primeiros modelos, incluindo o DeepSeek Coder, DeepSeek LLM e DeepSeek Chat. Contudo, foi com o lançamento da série DeepSeek-V2 que a empresa realmente se destacou no mercado de IA. Esses modelos, com melhor custo-benefício, pressionaram concorrentes locais a baixar preços e até liberar alguns sistemas gratuitamente.
Quais os desafios e polêmicas enfrentados?
Apesar do reconhecimento por seus modelos avançados, a DeepSeek lida com questões complexas. Por ser uma empresa de IA desenvolvida na China, seus sistemas precisam seguir regulamentações que exigem alinhamento com valores socialistas, o que restringe certas respostas sobre temas sensíveis.
Além disso, a plataforma já foi alvo de proibições em países como Coreia do Sul e no estado de Nova York, onde órgãos governamentais barraram seu uso. Há ainda alegações de que recebe subsídios e é controlada pelo Estado chinês, levando a pedidos para que os EUA considerem vetar seus modelos.
Qual o futuro da DeepSeek no mercado de IA?
O destino da DeepSeek ainda é incerto, mas é claro que a empresa seguirá aprimorando seus modelos. No entanto, a crescente desconfiança do governo americano em relação a influências externas pode afetar suas operações. Enquanto isso, ela segue desafiando líderes do setor, como Nvidia e OpenAI, com soluções inovadoras e sistemas de raciocínio eficientes.
À medida que avança nesse ambiente desafiador, seu impacto na indústria de IA e nas relações geopolíticas continuará a gerar discussões. Com avanços constantes e uma postura disruptiva, a DeepSeek está pronta para influenciar o futuro da inteligência artificial de formas ainda imprevisíveis.
Com informações do Uai Notícias.

DeepSeek. Foto: Mojahid Mottakin/Shutterstock/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.