Tesla anunciou nesta quinta (20) que está fazendo o recall de quase todos os Cybertrucks nos Estados Unidos para corrigir um painel externo que pode se desprender enquanto o veículo está em movimento. Este é o mais recente de uma série de recalls para a picape elétrica.
O recall abrange pouco mais de 46 mil veículos fabricados entre novembro de 2023 e 27 de fevereiro deste ano, segundo um documento da Tesla apresentado à Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês).
A medida pode representar um revés para a Tesla, cujas ações perderam cerca de metade do valor este ano, enquanto a montadora de veículos elétricos enfrenta uma concorrência crescente, uma linha de produtos envelhecida e reações negativas à atuação controversa do CEO Elon Musk na supervisão de cortes no orçamento federal durante o governo Trump.
O recall busca corrigir o risco de que um painel externo de aço inoxidável se solte do veículo, tornando-se um perigo na estrada e aumentando a chance de acidentes, disse a Tesla. O serviço da montadora substituirá o conjunto do painel por uma nova peça que atenda aos requisitos de durabilidade nos testes.
Em 21 de fevereiro, a NHTSA notificou a Tesla sobre a reclamação de um proprietário que relatou o descolamento do painel lateral do veículo. A Tesla afirmou que um painel solto pode gerar ruídos perceptíveis dentro da cabine ou ser visualmente notado pelos clientes ao se desprender do veículo.
A empresa disse ter conhecimento de 151 pedidos de garantia que podem estar relacionados ao problema, mas afirmou não haver registros de colisões ou ferimentos.
Embora a Tesla não divulgue separadamente os números de entrega do Cybertruck, os veículos afetados pelo recall representam a grande maioria dos modelos atualmente em circulação, segundo estimativas de analistas.
As ações da Tesla caíram 1,4% nas negociações do pré-mercado. Os papéis da montadora, que haviam sido impulsionados logo após a eleição devido à relação de Musk com o presidente dos EUA Donald Trump, já acumulam uma queda de quase 42% este ano.
Com informações da Reuters.
Imagem: CNBC
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