Cotado como um dos grandes projetos de RPG eletrônico do ano, o game chegou com centenas (ou milhares?) de problemas que fizeram a CD Projekt Red rebolar para minimizar a mancha em sua imagem, ainda que o jogo tenha trazido lucro financeiro à empresa, após um pesado prejuízo inicial.
Para comemorar este final de ano distópico, a sessão Cartum encerra suas tirinhas com a participação mais do que especial de Johnny Silverhand, personagem vivido no game por ninguém menos que o ‘breathtaking’ Keanu Reeves.
Curta a HQ e… um Ano Novo com menos glitches e bugs no percurso!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
O pior de tudo não foi nem o jogo ter sido lançado cagado, sinceramente. Igualmente a qualquer outro jogo, se não estiver bom, basta que os consumidores conscientes boicotem. O problema em si é todo o efeito em cascata que irá gerar na indústria dos jogos.
Esse negócio de lançar jogos incompletos já era algo que estava tomando formato, como exemplo, o No Man’s Sky, alguns jogos da série Assassin’s Creed, Anthem, Fallout 76…
Então quando algo como Cyberpunk consegue não apenas se pagar com os pré-order, mas também alcança muito mais lucro do que o esperado, mesmo em meio a críticas, influencia outras desenvolvedoras a fazer o mesmo. Principalmente aquelas que não tem um pingo de vergonha na cara, não é mesmo, dona EA Games.
Jogos lançados inacabados e em estado BETA já era algo que estava começando a aparecer, mas agora com Cyberpunk, provavelmente se tornará cada vez mais comum.
O efeito pós-2077 é que teremos de aguentar jogos sendo lançados pela metade ou nem isto, com o desenvolvimento acontecendo de maneira faseada.
Chegar ao ponto de pagar em alguns casos 500 reais em um jogo, para não poder jogar nem metade do prometido. Esse é o legado que Cyberpunk irá nos deixar. Pois abriram precedentes para que uma nova prática anti-consumidor apareça.