A minissérie ‘Senna‘, lançada no final do ano passado, trouxe uma crítica notória: do piloto francês Alain Prost, rival de Ayrton Senna. A produção, que é um drama biográfico, mostra Gabriel Leone no papel de Senna, enquanto Matt Mella interpreta Prost. Ao longo dos seis episódios, a rivalidade deles — entre o final dos anos 1980 e o início dos anos 1990 — é retratada.
Os dois aparecem como rivais o tempo todo, com seus altos e baixos, desde as brigas acaloradas nos bastidores até as confusões na pista. Numa entrevista recente ao site italiano RMC Motori, Prost deixou evidente seu descontentamento com a trama. “Tenho certeza de que Ayrton não gostaria de tudo isso, até porque [a série] é insensível”, criticou.
“É uma grande história e não se deve inventar coisas que não eram verdadeiras do nada. Se for para fazer algo comercial, não é bonito usar o nome de Senna para isso. Eu não gosto e não aceito.”
A série, de 2024, teve investimento de 250 milhões de reais e foi lançada para marcar os 30 anos da morte de Senna, recriando seus momentos mais icônicos e sua paixão pela corrida.
O piloto brasileiro, tricampeão mundial, morreu durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994. Tetracampeão mundial de F1, Prost conquistou seus títulos em 1985, 1986, 1989 e 1993; enquanto Senna, em meio à disputa sempre acirrada com o francês, levou a melhor em 1988, 1990 e 1991.
Eles correram juntos pela McLaren nas temporadas de 1988 e 1989, período em que tiveram embates ainda mais intensos, até que Prost decidiu se juntar à Ferrari em 1990.
No ano de 2020, em entrevista ao Le Parisien, Prost relatou como sua relação com Ayrton havia melhorado meses antes da tragédia fatal. “Ele me ligava pelo menos uma ou duas vezes por semana. Às vezes por nada, às vezes por conselhos. Durou seis meses até Imola (quando Senna morreu)… Nós nos tornamos amigos, nos tornamos próximos. Este é um novo período que eu nunca teria imaginado antes. Tenho lembranças incríveis disso”.
Com informações da Monet.
Ayrton Senna e Alain Prost — Foto: Divulgação/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Não assisti, nem assistirei a séria. Fui muito fã do Senna, acho que se o Prost falou, deve estar coberto de razão, afinal de contas foi ele que viveu essa rivalidade e que no final se tornou uma amizade, pelo respeito mútuo e consciência de cada um.
Não assisti e nem vou assistir porque não retrata a história dele e é desrespeito com um ídolo