Caça-níqueis: do analógico ao digital - Drops de Jogos

Caça-níqueis: do analógico ao digital

Entenda

Caça-níqueis

Caça-níqueis

Quando falamos em jogos de cassinos, alguns nomes surgem na mente: blackjack, poker, roleta e os caça-níqueis. Essas últimas são muito retratadas em filmes, séries e fazem parte do imaginário dos jogadores. O modelo mais tradicional tem uma tela, na qual se vê os símbolos girarem, uma alavanca lateral e um painel com botões. No entanto, não foi assim que tudo começou e, muito menos, como é atualmente.

A trajetória é longa, desde as máquinas mecânicas, que consagraram as alavancas, até as mais novas, desenvolvidas com base na tecnologia.

Agora voltando à história, vamos revisitar a criação das máquinas caça-níqueis e como a capacidade de adaptação fez com que essa modalidade de jogo não caísse no esquecimento.

Tudo iniciou no século XIX, pelas mãos do inventor Charles Fey, que desenvolveu os primeiros protótipos do que viria ser a Liberty Bell, a primeira máquina caça-níquel do mundo. O invento de Fey era inovador e trazia o pagamento automático, algo que possibilitou a rápida popularização do aparato, que em termos “funcionava sozinho”.

 Caça-níqueis

Caça-níqueis

O alemão também é responsável pelos símbolos clássicos das caças-níqueis. Como o nome da máquina já dava indícios, o “bell”, sino em inglês, representa o Sino da Liberdade, além disso, também estavam presentes copas, ouros, espadas e ferraduras.

Com os anos vieram diversas inovações. A primeira máquina com funcionamento eletromecânico chegou em 1964. O equipamento foi apresentado pela Bally, e tinha o nome de Honey Money. Apesar de contar com o funcionamento eletromecânico para girar as colunas, o mecanismo também tinha uma alavanca lateral, pois os jogadores da época não podiam imaginar um caça-níquel sem essa característica, e não só eles, até os dias de hoje, muitos modelos dos cassinos contam com a alavanca, para delírio dos usuários. A Honey Money trouxe inovação e facilidade, fatores que ajudaram a aumentar sua fama no mundo todo.

Com o aumento de jogadores, também veio a necessidade de avançar. Em 1976, foi dado mais um passo rumo à tecnologia, a empresa Future Coin, sediada em Las Vegas, apresentou o primeiro caça-níquel de vídeo. A máquina passou pelos testes da Comissão de Jogos de Nevada, para comprovar que não havia nenhum tipo de manipulação, e sua estreia aconteceu no saguão do hotel Hilton Las Vegas. O enorme sucesso entre os hóspedes chamou atenção dos cassinos, que em pouco tempo rechearam seus salões de jogos com caça-níqueis de vídeo.

Vegas

Vegas

O próximo grande salto nessa história viria no final do século XX. A transformação digital, decorrente do avanço da Internet, começou a reproduzir na rede tudo aquilo que habitava o mundo real. E os cassinos, estabelecimentos dedicados ao entretenimento, não ficaram de fora, dando cada vez mais destaque às suas modalidades de jogos no ambiente digital. Inicialmente, apenas as mais clássicas, como roleta e blackjack, ganharam versões virtuais. No entanto, os caça-níqueis  também conseguiram, dada a sua popularidade, entrar nesse mundo.

Além dos modelos tradicionais, como o sino da liberdade e as frutas, elas também ganharam novos designs e temas. Alguns relacionados a famosas séries de televisão, outros voltados a tópicos mitológicos e antigas civilizações. Porém, a inovação não parou por aí.

Por exemplo, uma novidade no mundo das slots é o Aviator, um título que mistura o tradicional e o contemporâneo apoiado na tecnologia. O jogo é baseado no voo de um avião que decola e aterrissa, e o jogador deve saber quando apostar e o momento exato de retirar a aposta, se fazendo valer do multiplicador de bônus. Caso o usuário demore muito, o avião vai embora e leva consigo a aposta.

As máquinas caça-níqueis sobrevivem em um mundo em que os jogos eletrônicos são cada vez mais realistas e as plataformas se multiplicam. O grande trunfo dos caça-níqueis está em sua habilidade nata de se adaptar às necessidades do período, valendo-se da tecnologia disponível para não ficar para trás.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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