No final dos anos 1960, o instrumentista Robert Fripp já havia passado por algumas bandas, como The Ravens e Majestic Dance Orchestra, mas nenhuma representava um compromisso sério com a música. Com seus dias de faculdade chegando ao fim, ele se preparava para ingressar no curso de Gestão Imobiliária, que o qualificaria para seguir os passos do pai.
O que mudou seu destino foi uma noite aparentemente comum, quando ligou o rádio ao voltar para casa, vindo da faculdade.
“Acho que foi na Rádio Luxembourg, já era tarde, e eu não fazia ideia do que estava tocando. Era ‘Sgt. Pepper'”, contou Fripp em 1985 para a BBC. O impacto foi imediato. “Aquele final incrível de ‘A Day in the Life’ me aterrorizou”.
A experiência o fez mergulhar de vez na música, e ele passou a absorver álbuns como “Are You Experienced?” de Jimi Hendrix, “String Quartet No. 6” de Bartók, “The New World Symphony” de Dvořák e John Mayall & the Bluesbreakers.
Aquele momento foi o ponto de virada. “Era como se todas as vozes fossem diferentes, mas a mensagem fosse a mesma. Foi então que percebi que não poderia ir para a faculdade de Gestão Imobiliária em South Kensington. Não era para mim”.
Pouco depois, ele fundaria o King Crimson, mudando a história do rock progressivo.
Com informações do Whiplash.net.

Robert Fripp. Foto: Wikimedia Commons/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
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