Danilo Santos de Miranda, sociólogo, filósofo e ex-seminarista, morreu neste domingo, 29, aos 80 anos. Durante quatro décadas de dedicação ao Sesc em São Paulo, Miranda consolidou-se por mudar a cultura da cidade de São Paulo. Ao gerir o Sesc, originalmente uma entidade voltada ao setor comercial, ele o transformou em um gigante cultural do país.
O sociólogo nasceu em Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, em 1943. Seu início na carreira foi no próprio Sesc em 1968, e ao longo dos anos, sua parceria com Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, resultou em uma expansão significativa da rede Sesc.
Ele era entusiasta da tecnologia e há relatos de funcionários que ele gostava de videogames. No ano de 2004, durante a Mostra Sesc de Artes, foi realizada na entidade a 1ª Mostra de Games Brasileiros, com curadoria da Alê McHaddo, Kao Tokio e produção da equipe da entidade.
A programação cultural impulsionou a inauguração de várias unidades, promovendo a acessibilidade e integração com atividades que incluíam esportes, lazer, arte e gastronomia.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enviou uma nota de pesar pela morte de Danilo Miranda. Reproduzimos abaixo.
Danilo Santos Miranda morreu neste domingo (29), aos 80 anos, em São Paulo. A cultura em São Paulo e no Brasil perde um dos seus melhores gestores: inovador, humanista e militante cultural, sua gestão transformou o SESC-SP na maior referência para os artistas e todos que fazem e pensam a cultura e a arte.
Esteve à frente do SESC por 40 anos e sua gestão deu dignidade e qualidade à ação da instituição, criando um ambiente favorável em SP para a arte e para a cultura.
Contava com um orçamento bilionário, certamente o maior da cultura no Brasil, até mesmo se comparado com o orçamento dos órgãos públicos de cultura do Estado e federais, como o MinC.
Seu espírito empreendedor e sua visão humanista da cultura, aliados ao orçamento bilionário da instituição e o tempo que a instituição o manteve à frente do SESC, possibilitaram o desenvolvimento da gestão qualificada desses recursos, investindo em um projeto que tinha na estruturação de uma rede equipamentos modernos bem distribuídos na cidade e no Estado de São Paulo disponíveis para o acesso público. Criou, assim, uma infra estrutura de qualidade, a maior e melhor do país, disponibilizada para a fruição de toda a população.
Entendia a arte e a cultura como um direito e investiu na universalização do acesso, retirando as catracas e associando a cultura ao lazer, ao esporte e à alimentação em acolhedoras áreas de convivência.
Nossas homenagens para Danilo Miranda e nos associamos aos familiares, ao SESC-SP, aos artistas, e a todos que o reverenciam neste momento de dor e perda.
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