Não dá para negar que o Fortnite é um dos games mais populares entre os jovens brasileiros. E a habilidade de um estudante carioca no jogo foi tanta que o ajudou a ser aprovado em 32 universidades nos Estados Unidos e obter bolsa integral em três delas. Guilherme Mannarino, de apenas 17 anos, completou aplicações para instituições estrangeiras pensando em seus times de eSports, e escolheu a Universidade da Flórida Central (UCF, em inglês), em Orlando.
“As faculdades me ofereceram bolsa para representar os times de e-sports delas, no caso, e eu poderia escolher qualquer tipo de curso que estivesse disponível. Qualquer uma que eu fosse, eu poderia escolher engenharia da computação”, explicou ele ao G1.
Guilherme contou que estava planejando prestar o Enem no início do ano, visando entrar na PUC-Rio ou UFRJ. Porém, ele sentiu que não era o que realmente queria, e tinha vontade de estudar no exterior. “Existem vários sites nos Estados Unidos, onde você pode encontrar os técnicos [de e-sports] das faculdades. Você tem que correr muito atrás”, disse ele. “Esse ramo nas universidades começou há cinco anos, é algo muito novo, não muito divulgado aqui no Brasil”, completou.
Rotina de treino e estudo
O Fortnite é um jogo de tiro que popularizou o estilo “battle royale”. Assim como vários outros esportes eletrônicos, ele tem competições bastante populares a nível mundial – e de maneira semelhante aos esportes mais tradicionais, os torneios do título do estúdio da Epic Games estão presentes em vários sites de apostas esportivas, podendo ser acessados por quem sabe como funciona o bet365, que traz tanto opções de palpites em futebol quanto em eSports. O bet365 é a operadora favorita do público brasileiro, já que é uma casa de jogatina renomada que ainda oferece bônus para novos clientes que querem realizar suas apostas de maneira completamente virtual.
Segundo Guilherme, o seu dia normal conta com três horas de estudo e cinco horas de treino no Fortnite: “É o que eu sempre digo às pessoas que vêm falar comigo: nunca deixem de estudar. Estudar é a coisa principal, sempre. Se você quer o mundo dos e-sports, a sua primeira opção tem que ser o estudo”.
Ele ainda comentou durante a entrevista que pratica exercícios físicos com frequência, treina o seu reflexo, mantém uma alimentação saudável e uma boa saúde mental. No game, Guilherme entra para analisar partidas anteriores de sua equipe e treinar com ela, assim como para identificar e lidar com os erros de cada um. Mas ele lembrou que “mais para a noite, quando acaba o treino, procuro estudar inglês, até porque preciso muito para conseguir a nota para aprovação, que é o principal para eles”.
Falta informação
O estudante afirmou que, apesar de estarmos em uma era tecnológica, ainda há um tabu enorme rondando esse mundo. “O que falta no Brasil é muito investimento nessa área, incentivo também, e chegar informações às pessoas que são do passado que esse é o mundo novo. São oportunidades novas, o mundo mudou. Agora é uma nova era”, disse.
Ele defendeu que os pais deveriam buscar mais informação a respeito do universo dos games, que por aqui ainda não é tão apreciado, e destacou a diferença entre o Brasil e Estados Unidos nos eSports. Guilherme disse que, por lá, as faculdades têm uma infraestrutura superior, e que aqui os computadores são extremamente caros. “Aqui um bom computador custa em torno de R$ 7 mil, nem todo mundo tem esse dinheiro. Lá há incentivo, as faculdades têm clubes para incentivar isso”, disse.
Durante a entrevista, ele agradeceu ao seu colégio, o Franco Brasileiro, onde se formou no ensino médio. “O Franco me proporcionou um aprendizado de ponta, com professores altamente qualificados que me ajudaram na formação da pessoa e intelecto que tenho”, completou.
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