Enquanto o site responsável pelo plágio e o autor plagiado chegaram em um consenso, Filip Miucin buscou apelo a uma comunidade de jogadores dividida. Em um vídeo divulgado durante o último final de semana, Miucin admitiu a alegação de plágio como editor responsável, embora omitindo a autoria pelo texto escrito. Ele seguiu detalhando o processo de apuração feito para as resenhas em vídeo e aproveitou para manifestar simpatia pelo YouTuber Boomstick Gaming. Falou do quanto o trabalho jornalístico envolvendo videogames pode ser exaustivo e, ao mesmo tempo, extremamente recompensador.
Qualquer simpatia que pudesse ser sentida por Miucin, entretanto, se perdeu quando foi confirmada a monetização do vídeo de mea culpa. Esse ato falho foi acompanhado pelo comentário de Miucin sobre Jason Schreier. Miucin direcionou parte de sua frustração ao editor do site de notícias Kotaku, denunciando bullying por incluir na sua pauta dois outros casos de possível plágio por Miucin.
Ao publicar o artigo, Schreier incluiu uma série de comparações entre as resenhas por Miucin dos jogos Fifa 18 e Metroid Samus Returns, e pelos sites Nintendo Life e Engadget, respectivamente.
Os trechos a seguir são transcrições postadas no artigo do site Kotaku. Por se tratarem de evidências de plágio, decidi não traduzir elas. Confira as comparações abaixo (em inglês)
Fifa 18 – Texto por Nintendo Life e texto por Filip Miucin
Nintendo Life:
It actually works well; as long as you aren’t a stickler for intricate animation detail, you’re going to have fun here. It runs smoother than a greased-up jazz musician too, with a full 60 frames per second in both docked and handheld mode making for a silky performance and the general feel that you’re playing a high quality product. Although its (slightly less silky-smooth) cutscenes and other close-up moments reveal that the character models are a good deal less detailed than their Xbox One and PS4 counterparts, squint a bit during normal gameplay and you’d genuinely struggle to tell the difference.
Miucin:
But when you’re playing the game, it actually works really well, and it’s easy to look past the graphical setbacks. Because whether you’re playing docked or undocked, the game seems to run at a consistent 60 frames per second, which looks silky smooth and really leaves you feeling like you’re having a true triple-A home console experience but on a console you can take with you on the go. However, when you get up close and get a good look at some of the character models, it’s pretty clear they do have a good amount of less detail than the Xbox One and PS4 versions do, but any imperfections are pretty much unnoticeable during gameplay.
Metroid: Samus Returns – Texto por Engadget e texto por Filip Miucin
Engadget: Samus Returns takes the hero and the franchise back to its roots — from level design that encourages exploration and satisfying enemy encounters to the traditional 2D platforming style that helped birth the term “Metroidvania.”
Miucin: Samus Returns takes the legendary hero and franchise back to its roots, with everything from its satisfying enemy encounters and intelligent level design that encourages exploration to the traditional 2D action platforming style that literally helped define an entire genre of video games.
Autores das resenhas originais, assim como colegas e entusiastas expressaram repúdio ao apelo feito por Miucin. Entre eles, Tom Marks, editor da seção de PC da IGN citou “plagiarism is a choice, not an accident” (“plagiarismo é uma escolha, não um acidente” em tradução livre).
Poucas horas após a publicação do vídeo, Miucin decidiu derrubar a postagem sem comentários adicionais.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.