Isso ocorre enquanto o Ministério da Defesa alerta para o risco de sucateamento das Forças Armadas por falta de verba.
Para saber: o Exército Brasileiro aprovou o gasto de R$ 3,9 milhões para fazer um game. O Missão Verde-Oliva quer popularizar os militares entre os jovens consumidores de jogos eletrônicos.
Tenha em mente: esse valor é o dobro do que a Defesa gastou com apoio à presença brasileira na Antártica e equivale ao aplicado em pesquisa aeroespacial em 2020.
Mesmo assim não é suficiente para fazer um produto viável, de acordo com as autoridades. Na portaria do Estado-Maior do Exército de 25 de maio que regulou o plano, o objetivo é ter a licitação com uma empresa nacional completada até o fim de 2021, para evitar que o valor separado para este ano, R$ 875 mil, caia na rubrica de restos a pagar da Força e se perca.
Esse plano prevê gastos de R$ 1,4 milhão em desenvolvimento em 2022 e outros R$ 1,1 milhão em 2023. A partir daquele ano, o suporte ao projeto custaria R$ 263 mil, valor que cai a R$ 66 mil em 2024, R$ 58 mil em 2025 e R$ 55 mil, em 2026. Há também outra indicação de fragilidade inicial do projeto. Segundo a portaria, apenas os valores de 2021 estão garantidos em orçamento.
“Para os demais anos, o chefe do Centro de Comunicação Social do Exército deverá buscar possíveis parcerias com as empresas estratégicas de defesa para a viabilização de patrocínio”, diz o texto.
Com informações da reportagem da Folha de S.Paulo, de Igor Gielow.
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