Por Érika Caramello, empresária, professora, doutora e CEO da Dyxel Gaming. Publicado originalmente no LinkedIn. Republicado no Drops de Jogos com permissão da autora.
Nesse Dia Internacional da Mulher, quero propor um desafio para quem estuda e/ou trabalha em todo o ecossistema de games: reflita acerca das questões abaixo.
Quantas mulheres você já teve como CEO ou sócia?
Quantas lideranças femininas você teve na sua equipe?
Quantas colegas conseguiram progredir de cargo na sua empresa?
Quantas colegas já viajaram para representar a sua empresa de games em grandes eventos?
Quantas mulheres você conversou em rodadas de negócios de jogos?
Quantas mulheres coordenaram o curso de Jogos Digitais ou Game Design na sua faculdade?
Quantas professoras especialistas em games você teve?
Quantas colegas tinham na lista de chamada na sala de aula?
Quantas mulheres chegaram na presidência da associação ou entidade de games da sua cidade ou região?
Quantas streamers ou influencers de jogos você segue?
Quantos canais de mídia liderados por mulheres você consome?
Quantas autoras de games você já leu?
Quantas meninas e mulheres gamers você apoiou em jogos online?
Quantas mulheres você consulta quando quer saber mais sobre um novo jogo?
Quantos jogos com protagonistas mulheres você jogou?
Qual é a identidade de gênero da pessoa que mais lhe inspira na área de games?
E quantas destas são mulheres pretas e/ou trans?
De acordo com a Pesquisa Game Brasil 2024, 50,9% do público gamer é feminino, repetindo a tendência histórica vista em quase todas as edições anteriores desde 2016, e 52,4% é composto por pessoas pretas ou pardas. Mesmo assim, costumam ser invisibilizadas.
Uma indústria voltada majoritariamente para mulheres precisa de mais mulheres em sala de aula e ocupando posições no mercado de trabalho, especialmente naquelas com poder de decisão. No entanto, no Brasil, apenas um quarto dos postos desta indústria é ocupado pelas manas, minas e monas.
Esse jogo precisa virar. E eu convido meus colegas para fazer do próximo 8 de março um dia para realmente ser comemorado pelas mulheres da área gaming.
Controle. Foto: Freepik
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.