Eles fazem blogs desde 2002, há 12 anos, podcasts desde 2006, há oito anos, e vídeos há pelo menos cinco anos. O site Jovem Nerd, que já passou pelo portal iG e agora é um grupo independente com a empresa Amazing Pixel, agora está conquistando novos públicos com o Nerdplayer, que tem ações voltadas para gameplays de jogos com a pitada de bom humor que era característica nos Nerdcasts.
O site Geração Gamer conversou tanto com Alexandre Ottoni, o Jovem Nerd real e a mente por trás das criações em vídeo e áudio, quanto com Guga Mafra, sócio-diretor da Amazing Pixel e dos negócios deles. Tentamos entrar também em contato com Deive Pazos, o Azaghâl, e não tivemos sucesso. A conversa passou sobre o formato de negócios deles e videogames no Brasil. Confira a entrevista.
Com o Jovem Nerd
Desde quando vocês tinham ideia de fazer vídeos no YouTube? Por que só começou a dar certo com as NerdTours e com o NerdOffice?
Usávamos o Youtube desde 2006 como uma plataforma complementar de nosso conteúdo de blog e podcast. Algumas vezes para ações publicitárias, mas era um conteúdo bem desconexo. A partir de 2009 começamos a imaginar de que forma poderíamos produzir algum conteúdo apenas para vídeo, que não fosse uma repetição do que fazíamos no Nerdcast. Em 2010 fizemos uma viagem emblemática, porque eram nossas primeiras férias de verdade em 8 anos. Mas, como enxergamos oportunidade de conteúdo em tudo, acabamos transformando essa viagem no primeiro Nerdtour. E ao mesmo tempo surgiu a ideia de criar um programa de variedades, em que poderíamos apresentar qualquer tipo de conteúdo visual, eventos, viagens, top 10, notícias, comentários sobre o mundo nerd e tudo mais o que achássemos relevante. O NerdOffice nasceu como um depósito visual de nossos pensamentos no fim de 2010. O canal passou a ser atrativo a assinantes porque prezamos pela qualidade e insistimos regularidade das publicações, assim como fazíamos com o Nerdcast há anos.
Também temos o NerdPlayer com games. Ele é o projeto mais bem-sucedido de vocês?
O NerdPlayer foi criado no fim de 2011, um ano depois do NerdOffice. A ideia surgiu da minha parte, porque eu vinha acompanhando o início da era dos vídeos comentados de gameplay há algum tempo. Descobri esse materal ao fazer pesquisa como um consumidor. Queria ver alguém jogando antes de comprar. Eu adoro videogames e vi o potencial para criarmos um conteúdo relacionado a isso. Só que em vez de seguir a tendência da época de vídeos tutoriais, resenhas ou walkthrough, decidimos aplicar ao conteúdo a nossa tradicional pitada de humor. Ainda acredito que o Nerdcast seja nosso conteúdo mais bem sucedido, mas o NerdPlayer e os games certamente foram responsáveis por uma enorme renovação do nosso público na internet. Tínhamos um receio de que eles estivessem envelhecendo conosco, mas o NerdPlayer trouxe muita gente nova, principalmente entre 13 e 18 anos. Esses mais novos não nos conhecia ainda nas outras mídias.
Qual trabalho você mais gosta de fazer? Ainda é o Nerdcast?
Nós todos temos um apreço especial pelo Nerdcast porque é um papo mais solto, mais longo e, por consequência, mais desenvolvido. Além disso, ele é feito com nossos amigos de longa data. Muitos deles foram morar longe, em outros estados ou até em outros países, com o passar dos anos. Por isso, o Nerdcast acaba sendo um motivo de reunião frequente entre nós para fortalecimento de laços.
Vocês têm planos de novos programas para o futuro ou pretendem fortalecer a NerdStore, que está passando por mudanças hoje?
Sim, temos planos sempre! Haverá novas atrações! Independente disso, a Nerdstore está crescendo bastante e planejamos estar cada vez mais presentes na vida dos consumidores nerds (risos).
Quais são os games favoritos de vocês dois? E os consoles favoritos? Desde quando vocês jogam?
O Deive não tem, porque não tem o hábito de jogar. É uma das poucas pessoas no mundo que pode dizer que só joga a trabalho (risos)! Já eu sou um jogador desde o Atari. Amo games e, por isso mesmo, não tenho como preferir uma plataforma a outra. Há jogos que curto que só extistem para PC, outros só para Xbox ou Playstation. Entre meus jogos favoritos estão Civilization, Portal e The Last of Us.
Com Guga Mafra da Amazing Pixel
Como vocês definem o alcance de ações de markerting com games no YouTube?
A gente se baseia nos números de views. Como todos os nossos canais são muito assistidos, mesmo tendo vídeos longos, sabemos que o conteúdo tem muito alcance e geram muito engajamento.
Em uma palestra do Google que eu fui, eles deram exemplo de como o Jovem Nerd consegue vender sua marca com personagens. Isso facilita na hora de organizar ações de comunicação com games?
O que fazemos para organizar ações de comunicação com games ou qualquer outra coisa envolve contextualização. Muitas vezes usamos ideias nossas e algumas vezes vamos com ideias da agência. Por esses motivos, é mais uma questão de criação que envolve nosso time de comunicação do Jovem Nerd.
Vocês pensam em formatos diferentes para os próximos meses?
A gente sempre pensa em formatos que possam ser padronizados e repetidos. Isso facilita o planejamento do anunciante e também a nossa entrega. E, sim, estamos sempre pensando em criar coisas novas.
Qual foi o case de maior sucesso do Jovem Nerd ou da Amazing Pixel no YouTube?
Não dá pra dizer qual foi o de maior sucesso, porque tem vários. Todos os que envolvem a Submarino são muito bons, como a Batalha de Robôs na Campus Party. Teve a ótima campanha da GE no Nerdologia. Outros exemplos são a JAC Motors e a Panasonic no caso do canal do Jacaré Banguela, fora do Jovem Nerd. A Ubisoft tem feito ótimas coisas com o Nostalgia, o Nerdologia e o JN. Enfim, tem muita coisa.
Como e por quanto vocês contratam uma ação de publicidade em vídeos?
Isso varia bastante de campanha a campanha. Já fizemos campanhas de mais um milhão de reais e também já fizemos coisas pequenas, de menos 10 mil. A ação depende do formato também. Posts em redes sociais são rápidos, enquanto videos especiais demoram pelo menos uma semana.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.