O músico George Harrison, falecido e talento dos Beatles, que desempenhou um papel crescente nesses álbuns, frequentemente se referia ao “Rubber Soul” e “Revolver” como duas faces de uma mesma moeda. Em entrevistas ao longo dos anos, ele afirmou que os discos poderiam ser considerados “Volume 1” e “Volume 2” de uma mesma jornada criativa.
“Eu mesmo não vejo muita diferença em ‘Rubber Soul’ e ‘Revolver’. Para mim, ambos poderiam ser como Vol. 1 e Vol. 2. Ambos foram discos muito agradáveis e divertidos para mim. Eles se encaixam e parecem fazer parte de um só trabalho (…) Foi a partir daí que nos tornamos mais conscientes de muitas coisas”.
“Passamos a ouvir de forma mais profunda, de algum modo. Foi então que realmente comecei a apreciar o processo criativo com a música – não apenas com a minha guitarra e composição, mas com tudo o que fazíamos como banda, incluindo as músicas que os outros escreviam. Tudo ganhou mais profundidade e significado”.
Em 1965, os Beatles entraram em uma fase de transição que transformaria não apenas sua sonoridade, mas também a maneira como a música pop era produzida e percebida. Com o lançamento de “Rubber Soul” naquele ano, a banda deu os primeiros passos em direção à experimentação criativa, tanto lírica quanto musicalmente.
O álbum trouxe arranjos mais sofisticados e temas introspectivos, marcando o início de uma abordagem mais ambiciosa no estúdio. Essa evolução se intensificou em “Revolver” (1966), um disco que ampliou ainda mais os horizontes do grupo com o uso de técnicas de gravação inovadoras e influências variadas, incluindo música indiana e avant-garde.
Com informações do site Whiplash.net.
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