Do X/Twitter. O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro no qual baseou-se o filme “Ainda Estou Aqui” usou seu perfil nesta sexta-feira (21) para fazer uma análise das chances da obra dirigida por Walter Salles no Oscar, no próximo dia 2 de março.
Vai ser a primeira e única vez que falo de Oscar. Tem muita desinformação na imprensa brasileira. Chances de ganharmos melhor filme estrangeiro são fortes. Todos os prêmios que Emilia Pérez ganhou, como Bafta e Globo de Ouro, foram “votados” antes das polêmicas que o filme gerou.
A disputa está acirrada? Todo ano é assim. O Bafta de fato embolou. Mas tem um detalhe. Ainda Estou Aqui estreia apenas hoje no Reino Unido. Pouca gente viu o filme por lá. Tanto que Fernandinha nem foi indicada. Minha aposta: ela ou a maravilhosa Mickey Madison ganham o Oscar.
Porém, entre 10 mil votantes do Oscar, mais de 1 mil são ingleses e franceses. O cenário fica incerto como melhor filme. Para mim, fica entre Conclave e Anora (apesar de ser uma comédia confusa). Brady Corbet e Adrien Brody de Brutalista são nomes certos (que trilha…).
E me desculpem, sou do meio, 40 anos de experiência. Como a crítica especializada brasileira decaiu tanto? Falar que o filme não é político é uma afronta à nossa história. Quem mais acertou foi uma jovem de origem asiática da Variety: “Clássico na forma, radical na empatia”.
Com informações do DCM.

Marcelo Rubens Paiva, autor da obra autobiográfica que deu origem ao filme “Ainda Estou Aqui”. Fotomontagem/Montagem Pedro Zambarda/Drops de Jogos
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.