Cultura

Opinião – Keanu Reeves, atores no povão e muito cosplay: o que achei da CCXP22

Por Pedro Zambarda, editor-chefe do Drops de Jogos.

Diferente da BGS e do BIG Festival, onde tivemos tradição de coberturas, o evento de cultura pop CCXP22, do Grupo Omelete, nunca teve o espaço devido neste Drops de Jogos. Em parte porque os assuntos que ele aborda extrapolam o nicho dos videogames, em parte porque durante vários anos não recebemos credencial de imprensa para acompanhar.

Neste ano o Omelete concedeu credenciamento de todos os dias para a nossa equipe, que pode testemunhar de perto a força da CCXP. Atores de Hollywood encheram os olhos da plateia lotada no palco dos organizadores do evento. O Artist’s Alley lotou de referências inclusivas e pró LGBTQIAP+ em quadrinhos para consumo. E os cosplayers deram um show, representando Star Wars tradicional, The Mandalorian, Horizon Forbidden West, League of Legends e tudo o que você pode imaginar.

O ápice do evento foi no sábado, 3 de dezembro. Com ingressos esgotados e um certo atraso, e cercado de seguranças, Keanu Reeves promoveu diante das câmeras o filme John Wick 4.

Imitou sua apresentação na E3 2019 para o Brasil, no maior evento de cultura pop da América Latina. “Vocês são de tirar o fôlego”. Não conseguiu nem falar muito acompanhado pelo jornalista Marcelo Forlani.

Keanu ajoelhou-se na oração de seus fãs – embora tenha tirado poucas fotos com muitos deles.

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Ismael Cruz Cordova, o elfo negro Arondir de Rings of Power, e a CCXP. Foto: Pedro Zambarda/Drops de Jogos

Por outro lado, o elenco de Rings of Power, os Anéis do Poder, baseado no livro Silmarilion de J.R.R.Tolkien, o autor de Senhor dos Anéis, andou  no meio do povão no estande da Prime Video.

O ator porto-riquenho Ismael Cruz Cordova, o elfo negro Arondir de Rings, falou de questões raciais em sua palestra e prestigiou o Brasil comunicando-se em português. Sua fala casou perfeitamente com a presença da PerifaCon, evento periférico de cultura pop, trazendo ainda mais apresentações de minorias para o evento.

A CCXP é ampla, diversa e muitas vezes passa a impressão de ser um evento meio sem foco para o público de games. Mas, inspirada em eventos americanos, aprendeu a criar uma identidade própria.

Como crítica, alerto apenas que o esquema de segurança do evento não pareceu muito rígido, embora todas a credenciais estivessem digitalizadas. E ele estava levemente vazio, sobretudo longe dos palcos. A organização da CCXP diz que foram mais de 300 mil pessoas. A impressão é que estava menor do que a BGS, embora a Brasil Game Show tenha ocorrido no Expo Center Norte – que é menor do que São Paulo Expo na Imigrantes.

A feira precisa apenas dar, ainda mais, espaço para produções nacionais. A programação internacional foi bem organizada.

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Pedro Zambarda

É jornalista, escritor e comunicador. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em Filosofia pela FFLCH-USP. É editor-chefe do Drops de Jogos e editor do projeto Geração Gamer. Escreve sobre games, tecnologia, política, negócios, economia e sociedade. Email: dropsdejogos@gmail.com ou pedrozambarda@gmail.com.

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