Para a mente supostamente avançada do acadêmico, a "vida é muito curta" e as pessoas deveriam "gastar mais tempo com livros". Villa ignora a indústria bilionária dos jogos, o avanço dos smartphones com a tecnologia de realidade aumentada e mesmo o fenômeno cultural que é Pokémon.
Mas é um comentário previsível de um pesquisador que é renegado pela própria USP, o maior centro acadêmico do Brasil. Villa também é um pária dentro do seu próprio campo da história. Saindo de cânones como Boris Fausto, o suposto historiador quer fazer uma obra crítica ao PT que só se dá bem na revista Veja e em mídia alinhadas com ela.
Marco Antonio Villa, portanto, trata-se de um comentarista e de um vendedor de livros antipetista. E isso se reflete na sua falta de conhecimento sobre videogames.
Ele ignora o fato que um aplicativo gratuito de celulares fez uma empresa centenária como a Nintendo se valorizar em até US$ 7,5 bilhões na bolsa de valores. Despreza reportagens muito bem-feitas por veículos como o New York Times sobre o rebuliço que o jogo está provocando na metrópole novaiorquina. Villa provavelmente desconhece as pesquisas em realidade virtual e aumentada que existem desde os anos 60. E não sabe que essas tecnologias ajudam pesquisas científicas e até na medicina.
Duvido também que o eminente historiador saiba algo sobre Pokémon ser um dos games mais vendidos de todos os tempos. Suas duas primeiras versões, Red e Blue, venderam mais de 23 milhões de cópias e popularizaram o Game Boy, um console móvel que foi a vanguarda dos jogos digitais de bolso. São 20 anos de história da saga no entretenimento eletrônico, desde 1996.
Marco Antonio Villa chama Pokémon GO de decadente, mas decadente é ele. O nosso suposto historiador é mal-informado em ciência. Não sabe sobre os avanços tecnológicos que ocorrem atualmente e tem uma visão obtusa sobre diversão.
É importante que o setor de games dê uma resposta para comentários imbecis proferidos por reacionários que desconhecem as potencialidades dos jogos eletrônicos no Brasil. Villa é o anti-historiador em sua falta de essência cultural.
Faça como Marco Antonio Villa diz. Não perca tempo com pessoas desinformadas como ele próprio.
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