Um estudo realizado pela University College London (UCL) e pelo Instituto Catalão de Pesquisa e Estudos Avançados (ICREA) indica que a realidade virtual poderá ser utilizada futuramente como tratamento para a depressão. O estudo trabalhou com um grupo de 15 pacientes com quadro depressivo, em idades entre 23 a 61 anos. O resultado da pesquisa mostrou-se positivo para 60 por cento dos indivíduos.
As pesquisas envolvendo terapias com o uso de realidade virtual (VRT) têm aumentado nos últimos anos, alavancadas pela proliferação de equipamentos mais acessíveis no suporte às iniciativas médicas. O estudo em questão insere o paciente em um ambiente digital, onde é possível ver o próprio corpo virtual como um reflexo no espelho. A partir dessa 'incorporação' do avatar, são apresentadas situações que sugerem compaixão, como a presença de uma criança angustiada. Ao se envolverem com a criança, os pacientes reduzem a atenção sobre os próprios problemas e passam a responder de forma positiva à terapia.
O cenário e as situações se alternam a cada 8 minutos, por um período de três semanas de atendimento. Nove dos quinze pacientes integrantes do estudo disseram que seus sintomas depressivos haviam reduzido. Em quatro casos, a avaliação foi como "uma melhora sutil e clinicamente significativa na gravidade da depressão".
A ausência de um sistema de controle capaz de medir com maior precisão os resultados não permite atestar a responsabilidade efetiva do VRT na melhora dos pacientes, mas os pesquisadores darão continuidade ao trabalho, na esperança de aperfeiçoar a técnica e conseguir efetivas comprovações do resultado até aqui obtido.
Somando a essas possibilidades as recentes pesquisas nas quais jogos como Depression Quest e Elude mostram-se capazes de auxiliar no tratamento de quadros depressivos, as perspectivas no campo da medicina são bastante promissoras envolvendo games e as novas tecnologias.
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Via Engadget
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.