Poucas pessoas conhecem o Teste de Bechdel, criado para analisar a relevância das personagens femininas nos filmes, a partir de sua interação na trama. Resumidamente, o teste avalia se, ao conversarem, duas personagens discutirão algo além dos homens da história e suas necessidades. O teste tem mostrado sistematicamente que são poucas as produções que fogem dessa condição, oferecendo real profundidade às mulheres dos filmes.
No início de julho, um grupo de jogadoras brasileiras se reuniu para debater o mesmo fenômeno, agora com as narrativas dos videogames. Produzido pela jornalista Giovanna Breve, e com participação da pesquisadora Julia Stateri, da também jornalista Jéssica Pinheiro e da community manager Thaís Stagni, o podcast É Pau, É Play lançou luz na discussão sobre o espaço reservado nos games da atualidade para as personagens femininas.
Entre games que parecem favorecer as heroínas, como Life is Strange, Mass Effects, Mirror's Edge, Overwatch e The Last of Us, outras produções, a exemplo de Resident Evil, Gears of War 4 e versões passadas de Assassin's Creed fazem feio, ao destinar papéis secundários ou nulos às representantes do sexo feminino nos jogos.
Skirym e Final Fantasy XIII ficaram no meio termo, por valorizarem certos aspectos do envolvimento das mulheres, mas pecarem por uma representação às vezes estereotipada das heroínas. Samus Aran, de Metroid, também foi alvo de controvérsia, pelo fato de ser revelada como heroína apenas no final do game.
A questão é pertinente, num momento em que se discute a objetificação das personagens nos games, seja nos e-Sports, seja em franquias consagradas como Metal Gear Solid, e vale o debate, que trata do tema com bom humor e respeito tanto desenvolvedores e quanto players.
Para ouvir o conteúdo completo, acesso o arquivo de áudio disponível na plataforma Soundcloud.
Acompanhe Drops de Jogos no Facebook e no Twitter.
Clique aqui e assine nosso canal no YouTube
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.